Moraes pede para que processo de réu pelo 8/1 seja julgado em plenário físico

A Suprema Corte já condenou 20 pessoas denunciadas pela PGR pelos atos golpistas de 8 de janeiro. Outros 200 réus ainda devem ser julgados pelo Supremo

11:36 | Nov. 06, 2023

Por: Luíza Vieira
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes (foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

O Supremo Tribunal Federal (STF) julgará em plenário físico o processo de Eduardo Zeferino Englert, um dos réus pela invasão das sedes dos Três Poderes no dia 8 de janeiro deste ano. A solicitação foi feita pelo ministro da Corte, Alexandre de Moraes, no último domingo, 5.

A ação havia sido pautada para o plenário virtual, com data prevista para o fim do julgamento na terça-feira, 7. Moraes, que é relator da ação, havia votado pela condenação do réu. O ministro Cristiano Zanin seguiu o voto de Moraes. Nenhum dos demais ministros depositou o voto antes do pedido de destaque, que consiste em uma solicitação para que o julgamento de um processo seja interrompido.

O relator votou para que Englert fosse condenado a 17 anos, sendo 15 anos de 6 meses de reclusão e 1 ano e 6 meses de detenção, bem como 100 dias-multa no valor do salário mínimo por dia.

Além de Eduardo, outros cinco julgamentos de réus do 8/1 estão sendo realizados no plenário virtual. Os magistrados têm até terça-feira, 7, para depositar os votos.

Moraes votou pela condenação de todos os réus, com penalidades variando de 14 a 17 anos de prisão.

Os réus foram presos em flagrante no Palácio do Planalto e denunciados pela Procuradoria Geral da República (PGR) por cinco delitos: abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, associação criminosa, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

Moraes votou pela condenação dos réus Fabricio de Moura Gomes, Eduardo Zeferino Englert, Moises dos Anjos e Jorginho Cardoso de Azevedo a 17 anos de prisão.

As defesas negam as acusações e sinalizam falta de provas.

O STF já condenou 20 pessoas denunciadas pela PGR pelos atos golpistas de 8 de janeiro. Outros 200 réus ainda devem ser julgados pela Corte.

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