Bolsonaro afirma desconhecer esquema da Abin que monitorava adversários políticos

Operação Última Milha da PF investiga o rastreamento ilegal de políticos, jornalistas e de ministros do STF, durante a gestão de Bolsonaro

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nessa sexta-feira, 3, que não conhece os responsáveis e as motivações do suposto esquema de espionagem da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), que monitorava seus adversários políticos.

“A Abin não interceptou ninguém. Ela fazia, segundo a imprensa, porque eu dispensei a Abin desde o início (do mandato), o levantamento de posição de 30 mil pessoas, segundo a Abin. Agora, eu gostaria que fosse divulgado o nome das 30 mil pessoas. Quem fez e o porquê não tenho a menor ideia”, comentou.

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A Operação Última Milha da Polícia Federal (PF), deflagrada no fim de outubro, com autorização do ministro Alexandre de Moraes, investiga a espionagem de adversários políticos de Bolsonaro, com a inclusão do ministro Moraes.

A suspeita é que o sistema de geolocalização israelense FirtsMile, tenha feito 33 rastreamentos ilegais durante dezembro de 2018 e 2021, com maior intensidade em 2021, em pré-campanha para as eleições presidenciais. A operação da PF prendeu dois servidores do órgão e afastou outros cinco.

Bolsonaro participou nesta sexta de compromissos em Santos (SP), com a pré-candidata à prefeitura da cidade, a deputada federal Rosana Valle (PL), e com o deputado Tenente Coimbra (PL).

Julgamento de Bolsonaro no TSE

O ex-presidente também comentou sobre o julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na terça-feira, 31, que investiga irregularidades nos atos de 7 de setembro do ano passado e que o declarou inelegível novamente, assim como o general do com milhares de pessoas do Brasil todo nas ruas (no 7 de setembro). Ele, inclusive, debocha. Um juiz não pode agir dessa maneira”, criticou e acrescentou que o ministro do STF quer o “alijar (afastar) da política”

Durante o voto no julgamento de possíveis irregularidades nos atos de sete de setembro, o ministro Alexandre de Moraes chamou de vergonhosa a presença do empresário Luciano Hang e do desfile de tratores.

“Se não bastasse a primeira vergonha, do verde periquito, nós tivemos a segunda. Desfile de tratores em um ato cívico-militar. Será que se atletas de bicicleta pedissem, ou carros antigos (poderiam?) Tratores por quê? Para demonstrar apoio”, comentou Moraes.

Sobre se irá recorrer da decisão do Tribunal, Bolsonaro afirmou que “está vendo”. "É o que eu costumo dizer: você briga em casa com sua esposa e vai recorrer para a sogra? A gente está vendo qual a estratégia nossa, se bem que não tem estratégia. Estratégia é o que o Alexandre de Moraes quer”, criticou.

 

 

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