Sarto volta a falar em "traição" no PDT em 2022: "Quem quiser, toma seu caminho"
Na última segunda-feira, 30, Sarto participou de evento do PSDB onde ecoaram palavras duras contra a ala cidista do PDTO prefeito de Fortaleza, José Sarto (PDT), voltou a falar em “traição” por parte da ala do PDT, ligada ao senador Cid Gomes (PDT), que não apoiou a candidatura de Roberto Cláudio (PDT) ao Governo do Ceará em 2022. O caso foi o ponto inicial da crise interna do partido que se arrasta ainda hoje. Declarações ocorreram em agenda do gestor nesta terça-feira, 31, no Bairro Conjunto Ceará.
Na véspera, Sarto participou de evento do PSDB no qual ecoaram palavras duras contra a ala cidista do PDT e contra o grupo governista no Estado. “Ontem (segunda-feira) relatei que o PDT fez a seleção de pré-candidatos ao Governo do Estado. O PDT fez dez encontros regionais. Se não era para ter candidatura, o PDT levou à convenção, teve votação, onde um candidato tirou 55 votos (RC) e a outra tirou 29 (a então governadora Izolda Cela) e depois disso resolveu-se, simplesmente, votar em outra candidatura (na de Elmano de Freitas). Isso tecnicamente, juridicamente, filosoficamente, em qualquer aspecto, é traição partidária”.
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Sarto afirmou ainda que seu grupo de aliados que conta com nomes como Ciro Gomes e RC, “contemporizou” a escolha da ala ligada a Cid imaginando que os ânimos se acalmariam. “Imaginando que isso fosse pacificar os sentimentos, sedimentar as razões, e as pessoas perceberem que o partido é uma instância, não é um clube de jóquei. O partido deve tomar decisões coletivas. Se a decisão já estava tomada, para que aquela palhaçada de ter dez encontros regionais, submeter nomes do partido à, eu diria, brincadeira pública? Com política não se brinca”.
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O prefeito julgou que o cenário atual, de racha entre alas de Cid e Ciro Gomes, é bom no sentido de que haja uma definição dos rumos do PDT. “É bom que isso aconteça porque quem quiser, toma seu caminho (...) Eu assisti, fiquei calado. Fui algumas vezes citado de forma não positiva (na reunião da Executiva Nacional no RJ). Várias pessoas citaram”, disse, alegando que Cid teria sido um dos que o mencionou.
“Não foi hostil no campo pessoal. Falou algumas coisas que ele imagina, e por isso que falei ontem”, argumentou o prefeito, que na segunda-feira endossou falas de Ciro no PSDB, acusando a ala cidista do PDT de ter traído Roberto Cláudio na eleição passada.
O pedetista afirmou ainda que "o governo não é Deus" e lembrou cenários recentes da política local. “Em 2006 ganhamos a eleição contra o governo. Essa história de pensar que governo é Deus, é para maluco. Luizianne ganhou a eleição em Fortaleza contra Lula e todo mundo apoiando Inácio. Nós ganhamos com o Roberto contra a candidatura do PT (em 2012). A Maria Luiza ganhou a eleição de Paes de Andrade, quando todo mundo já imaginava Paes como prefeito. Eu tenho dito que Fortaleza é uma cidade vanguardista”, concluiu. (colaborou Luciano Cesário, da Rádio O POVO CBN)