Na véspera de reunião nacional, deputados do PDT revelam expectativas

Com o partido em crise, intervenção nacional poderá definir comando da sigla no Ceará. Deputados do PDT divergem entre si

O Ceará é uma das pautas centrais da reunião da Executiva Nacional do PDT que acontece nesta sexta-feira, 27, no Rio de Janeiro. Frente à crise instaurada no Estado, há a expectativa de que os rumos do comando cearense sejam definidos. O imbróglio tem dois lados bem marcados: o senador Cid Gomes, atual presidente da sigla no Ceará, que está alinhado ao governo do Estado, na figura de Elmano de Freitas (PT); e o deputado federal André Figueiredo, chefe interino do PDT Nacional, ligado ao ex-candidato ao executivo estadual Roberto Cláudio e ao prefeito de Fortaleza, José Sarto.

 

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Para o deputado estadual Cláudio Pinho (PDT), a crise ainda é reflexo das últimas eleições quando a ala cidista apoiou a possível candidatura de Izolda Cela. "As pessoas falam em questão de diretório, de respeitar a decisão da maioria, algo que não foi feito há um ano. Como hoje está em outra esfera, está no âmbito nacional, vamos ver qual será a posição do partido lá no Rio de Janeiro, e o que será verdadeiramente aplicado no Ceará”. Segundo ele, a maior preocupação é que um dos lados atua contra a legenda na Capital cearense. “Parte do partido trabalha abertamente contra a maior prefeitura que o PDT tem no Brasil, que é o PDT Fortaleza. Isso, certamente, se refletirá nas eleições de 2024".

Enquanto isso, o líder de Governo na Assembleia Legislativa do Ceará (Alece), deputado Romeu Aldigueri, acredita que essa demanda precisa ser resolvida para não manchar a imagem do partido. "A eleição de governo já passou. Nós temos que pensar para frente. Acredito verdadeiramente que Cid Gomes é um bom líder no Estado. Eu acho que o PDT Ceará é muito importante para o PDT Nacional. Nós temos que ter uma solução para evitar esses conflitos internos que estão passando para sociedade uma imagem ruim, passado para a própria sigla nacional uma imagem ruim. Eu acredito numa democracia interna. A maioria prevaleceu. O Cid foi eleito. Não vejo porque não possa continuar, obviamente respeitando as diferenças internas como fez até agora".

Guilherme Bismarck (PDT), também deputado da Alece, foi convidado para o encontro, mas ainda não sabe se poderá participar, já que se trata de uma reunião com os delegados da Executiva Nacional. "Esperamos que seja um evento de portas abertas para os integrantes e correligionários do PDT. Isso tem um diferencial grande, porque, como a pauta do Ceará está incluída, a gente espera ter participação para que possamos falar como foi feito aqui na presidência do Cid, onde qualquer pessoa que quisesse participar, podia, afinal somos partidos políticos e precisamos estar alinhadas à democracia".

Convidado de Figueiredo, o deputado Antônio Henrique afirma ainda não saber como será debatida a pauta, mas espera que o resultado traga tranquilidade para a legenda. Ele defende que um partido não precisa “estar se rendendo” ao governo. “Primeiramente, antes de querer estar dentro do governo, a gente precisa acreditar naquilo que nós defendemos. A sigla precisa se posicionar e o nosso posicionamento foi colocado desde o ano passado para o povo cearense e para o povo brasileiro.Temos que analisar o que defende cada um desses membros que ocupam determinados espaços. Se por acaso a gente vier a ficar pequeno, não desejo isso, mas que pelo menos a gente fique pequeno em tamanho, mas grande em pensamento e projeto".

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