PF apreende US$ 170 mil durante operação contra servidores da Abin suspeitos de espionagem

operação realizada nesta sexta-feira, 20, mirou servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) suspeitos de rastrear ilegalmente celulares

A Polícia Federal (PF) apreendeu US$ 171,8 mil em espécie (mais de R$ 870 mil na cotação atual) durante operação realizada nesta sexta-feira, 20, que mirou servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) suspeitos de rastrear ilegalmente celulares.

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O montante foi encontrado na casa de Paulo Maurício Fortunato Pinto, um dos diretores da agência afastados, considerado o terceiro em hierarquia na Abin. Entre os alvos de espionagem ilegal estariam jornalistas, políticos e até ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). O sistema teria sido utilizado mais de 30 mil vezes segundo informações publicadas pelo O Globo.

A Operação

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta sexta-feira, 20, a Operação Última Milha para investigar servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) pelo uso indevido de sistema de geolocalização de celulares sem a devida autorização judicial.

O programa permitia acompanhar os passos de até 10 mil pessoas por até 12 meses, pelo celular, somente utilizando o número de telefone do aparelho.

Foram cumpridos 25 mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão preventiva nos estados de São Paulo (2), Santa Catarina (2), Paraná (2) e Goiás (1), e também o Distrito Federal (18). Além da invasão dos dispositivos, os dois servidores são investigados por utilizarem o conhecimento sobre o esquema como meio de coerção indireta para evitar a demissão. As ordens autorizando a operação foram expedidas pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, que determinou ainda o afastamento de outros cinco servidores da Abin.

Os servidores presos nesta manhã teriam usado o "conhecimento sobre o uso indevido do sistema como meio de coerção indireta para evitar a demissão" em processo administrativo disciplinar do qual eram alvo.

A investigação aponta que o sistema de geolocalização é um software intrusivo na infraestrutura crítica de telefonia brasileira. Os envolvidos podem responder, na medida de suas responsabilidades, por organização criminosa, invasão de dispositivo informático alheio, interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei.

Busca e apreensão:

  • 17 mandados no DF (Brasília)
  • 1 mandado em Goiás (Alexânia)
  • 2 mandados em São Paulo (um na capital e um em São José dos Campos)
  • 2 mandados no Paraná (um en Curitiba e um em Maringá)
  • 3 mandados em Santa Catarina (um em Florianópolis, um em São José e um em Palhoça).

Prisão preventiva e afastamento

  • 2 mandados de Prisão Preventiva cumpridos no Distrito Federal
  • 5 mandados de afastamento cumpridos no Distrito Federal

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