Quem é quem na crise do PDT, que tem momento decisivo nesta segunda

Entre indas e vindas, voltas e reviravoltas, o PDT vive momento conturbado com fantasma do passado e novos capítulos a cada dia

Entre voltas e reviravoltas na duradoura crise interna do PDT, a Justiça comum e eleitoral suspenderam a destituição do Diretório Estadual do partido no Ceará, garantindo duas vitórias ao grupo liderado pelo senador Cid Gomes contra o deputado federal André Figueiredo. Nesta segunda-feira, 16, o grupo de Cid faz reunião com objetivo de destituir a executiva, liderada por André, e eleger uma nova.

Confronto direto entre Cid e André pode já durar meses, mas a crise no partido se iniciou ainda nas eleições de 2022, quando grandes nomes do PDT local passaram a medir forças e apoio. Entenda o papel dos principais atores neste entrave.

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André Figueiredo

Atual presidente nacional do PDT, uma vez que Carlos Lupi está licenciado para comandar o Ministério da Previdência Social, André Figueiredo também ocupa a presidência estadual do partido e é ferrenho defensor da reeleição do prefeito de Fortaleza, José Sarto (PDT). Com ele estão três deputados estaduais, Antonio Henrique, Cláudio Pinho e Queiroz Filho, que são oposição ao governo Elmano.

Em julho, após debates, André firmou um acordo para se licenciar do comando no Ceará enquanto Cid assumiria com a promessa de apoiar a recondução do deputado na nova eleição da executiva.

A medida foi acordada entre as partes com a promessa de pacificar o PDT, mexido com os fantasmas da eleição de 2022. E, após reunião bastante acalorada entre os grupos, Figueiredo resolveu retomar o comando do partido no Ceará antes do prazo.

Cid Gomes

Líder do PDT no Senado e ex-governador do Ceará, Cid Gomes tem ao seu lado a grande maioria de parlamentares neste entrave. Durante o período em que assumiu interinamente o comando do partido no Ceará, o senador promoveu conversas sobreser base do governo Elmano de Freitas (PT), e promoveu um ato que aumentou o embate, a carta de anuência a Evandro Leitão, dando a possibilidade do presidente da Assembleia concorrer a Prefeitura de Fortaleza por outro partido.

 

Evandro Leitão

Evandro é uma das figuras centrais hoje na política cearense. Forte nome na base governista no Estado e pré-candidato a Prefeitura de Fortaleza, cotado em outros partidos como PT e PSB, o presidente da Assembleia Legislativa teve sua carta de anuência aprovada e solicitou desfiliação do partido.

Enquanto ainda aguarda a decisão da Justiça para poder definir o seu futuro, Evandro disse "estar junto" com o senador Cid Gomes neste processo pelo comando do PDT, mesmo que não tenha mais retorno a sua saída da sigla.

José Sarto

No meio da crise, Sarto é peça central na crise do PDT, dividindo a sigla  entre os que apoiam a reeleição e os que apostariam em outro nome para o Paço Municipal.

Com desgaste entre até então aliados e expectativa de entregar mais obras e melhorar sua aprovação, Sarto se apoia em nomes como o de André, o ex-prefeito Roberto Cláudio e Ciro Gomes, grandes defensores de sua figura.

Roberto Cláudio

O ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, venceu a então governadora Izolda Cela nas primárias e foi o candidato do PDT ao Governo do Estado do Ceará, estopim para toda a crise que perdura até hoje. RC tem se mantido defensor de Sarto e aliado de André, quem ele disse ser o único capaz de apaziguar as coisas.

Roberto também criticou Cid a frente do PDT por "colocar" em dúvida a reeleição de Sarto. O ex-gestor é o atual presidente do diretório municipal em Fortaleza.

Ciro Gomes

Embora esteja fora dos holofotes neste momento e com os novos desdobramentos, Ciro tem um peso grande desde o início, ainda mais considerando que o ex-governador está do lado oposto de onde está o irmão, Cid.

Apoiador do nome de Roberto Cláudio para as eleições de 2022 e agora de Sarto, Ciro chegou a dizer que foi traído por antigos aliados, grupo do qual Cid está, e levado "facada nas costas". Os dois chegaram a participar de eventos juntos, mas sem se falarem.

Cid, por sua vez, em meio a processo de acordo que o colocou interinamente no comando do PDT, disse "Para mim o que havia de mais importante era a fraternidade do Ciro em relação a mim. Pelo visto, está perdida".

Tempo de curar 

O deputado federal Mauro Filho, nome ligado a Ciro e foi secretário de Cid, participou da reunião feita entre o senador e aliados após as decisões judiciais e disse ao O POVO na última quarta-feira, 11, que o PDT precisa superar os fantasmas do passado. “É tempo de sarar as feridas”, afirmou.

Na reunião estavam 21 parlamentares, dentre eles deputados federais e estaduais, como Lia Gomes, irmã de Cid e Ciro, Evandro e dois vereadores de Fortaleza, que fazem oposição a Sarto e apoiam o senador, Júlio Brizzi e Enfermeira Ana Paula.

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