O que pode acontecer na Faixa de Gaza após ultimato de Israel; entenda

O Exército de Israel recuou do prazo de 24 horas para a retirada de civis na região nesta sexta-feira, 13

O Estado de Israel informou na noite dessa quinta-feira, 12, que todos palestinos e estrangeiros teriam 24 horas para sair do norte da Faixa de Gaza e seguirem para o sul da região. Um dia depois do ultimato, cerca de 1,1 milhão de civis tentam escapar de alguma forma de um destino finito.

Em resposta ao ultimato de Israel, o grupo islâmico Hamas pediu que os palestinos não se desloquem e que tudo não passa de “propaganda falsa, com objetivo de semear confusão entre os cidadãos e prejudicar a coesão interna”.

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A medida de Israel foi criticada pela Organização das Nações Unidas (ONU), que disse que a retirada da população da Faixa de Gaza seria “impossível”. Em contrapartida, o embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan, disse que o Hamas conta com a organização e que deveriam agradecer pelo aviso de retirada de civis.

O tom do Exército de Israel diminuiu na noite desta sexta-feira, 13, e eles já afirmam que o deslocamento dos civis pode demorar. O porta-voz almirante Daniel Hagari disse que entendem “que isso tomará tempo”. Hagari não anunciou nenhum outro prazo.

Brasileiros na Faixa de Gaza

Um grupo com 22 brasileiros está refugiado em uma escola católica na Faixa de Gaza. Entre eles, dez são crianças. Segundo o ministro das relação exteriores, Mauro Viera, o plano é que o grupo saia da região amanhã e vá para o Egito. A operação é descrita como de altíssimo risco.

"O governo brasileiro negociou para que os brasileiros que se encontram em Gaza, possam sair pelo Egito, é a única forma de sair. E sairão neste ônibus que sai amanhã e serão levados até um aeroporto em uma localidade próximo a fronteira, onde um avião da Força Aérea Brasileira está esperando em Roma para poder levá-los de volta", afirmou Vieira, após reunião do Conselho de Segurança da Organização das Nações 

O Brasil espera o comprometimento de Israel para que não bombardeie o grupo durante a passagem pelas áreas controladas pelo governo israelense. A operação será realizada um dia depois do primeiro prazo dado por Israel. Já foram resgatados 494 brasileiros em operações da Força Aérea Brasileira.

Enfermos da região

O território da Faixa de Gaza acumula enfermos, que dependem de aparelhos de suporte vital e que não têm condições para deslocamento. Além disso, os médicos e profissionais da saúde não devem deixar os pacientes.

A região está em um estado de isolamento total, depois que o ministro da Defesa de Israel anunciou o corte de energia, comida e combustível. O fornecimento de água também foi cortado.

Bombardeios em Gaza

Após o Hamas bombardear Israel no sábado, 7, o grupo islâmico e Israel entraram em conflito direto. Israel declarou guerra ao Hamas e atacou a Faixa de Gaza com misseis.

A promessa é que o exército do país invada a região e o número de mortos aumente de forma substancial. O conflito já matou mais de 3 mil pessoas, entre 1.300 em Israel e 1.900 na Faixa de Gaza.

 

 

 

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