Roberto Cláudio sobre Cid à frente do PDT: "Colocava em dúvida natural direito à reeleição de Sarto"
Ao lado do presidente André Figueiredo, reempossado como dirigente estadual trabalhista, Roberto Cláudio criticou "manifestações públicas do diretório contrárias" à recondução de Sarto
21:33 | Out. 05, 2023
Ex-prefeito de Fortaleza e presidente do diretório municipal do PDT, Roberto Cláudio afirmou nesta quinta-feira, 5, que o comando de Cid Gomes à frente do diretório estadual da legenda “colocava em dúvida o natural direito à reeleição” do prefeito José Sarto (PDT).
“O PDT tem prefeito eleito, é pré-candidato à reeleição com muitas realizações na cidade. Não era compreensível existir um diretório estadual que colocava em dúvida e questionamento a natural reeleição de um filiado que está sentado na cadeira e com uma grande obra em execução”, disse RC durante encontro da sigla.
Ao lado do presidente André Figueiredo, reempossado como dirigente estadual trabalhista, o ex-prefeito criticou “manifestações públicas do diretório contrárias” à recondução do chefe do Executivo municipal em 2024.
“A candidatura à reeleição do Sarto precisa ser um projeto prioritário para todos do partido”, defendeu RC, aplaudido pelos presentes na sede da agremiação.
Ainda segundo o pedetista, “há sentimentos distintos no partido, muitas diferenças, muitas mágoas, que o tempo tem tratado de decantar”.
“O que existe de fato é uma certa divisão de posicionamento”, avaliou.
Na última segunda, 2, o grupo de Figueiredo destituiu o senador Cid Gomes da direção do PDT no Ceará, encerrando acordo firmado entre as duas partes ainda em julho.
Pelo entendimento pactuado, Cid seguiria dirigindo o partido até dezembro, período após o qual Figueiredo reassumiria a legenda para dar continuidade aos trabalhos.
O acerto havia sido uma forma encontrada por Carlos Lupi, ministro da Previdência e presidente nacional licenciado, de amenizar a crise política no PDT do Ceará.
Em reunião na sexta-feira que antecedeu a sua destituição, Cid e seu grupo de pedetistas tinham tentado colocar em votação e aprovar apoio formal do PDT ao governo de Elmano de Freitas.
Também presente à agenda naquele dia, Figueiredo pediu para que o ponto fosse retirado da pauta de debate. Cid consentiu, mas houve bate-boca, e os ânimos se elevaram.
Em conversa com a imprensa nesta quinta, o presidente estadual evitou tratar diretamente da mobilização de Cid para coletar assinaturas e garantir convocação de reunião do diretório, a fim de eleger uma nova executiva estadual, retomando o controle partidário.
“Direito deles. Vamos aguardar, há momentos em que é melhor aguardar do que falar”, respondeu Figueiredo aos questionamentos.
De acordo com ele, “é a segunda vez que marcam reunião” para convocar o diretório, acrescentando, em tom de brincadeira: “Aliás, nem vi as assinaturas. Divulgaram? Pode ter 50, 70 ou 80. Já estão aumentando tanto. Daqui a pouco só eu que não assino essa lista”.
Cid prevê realizar nova votação para escolha do diretório até 16 de outubro, com ampla participação dos delegados estaduais. Em última contagem informada por pedetistas ligados ao senador, o número suficiente já teria sido alcançado.