Evandro diz que saída do PDT "não tem retorno", mas dependerá da decisão do TRE

O presidente da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece), Evandro Leitão, afirmou que em caso do senador Cid Gomes (PDT) retomar o comando do PDT no Ceará, ele não permanecerá no partido, pois diz que “não tem retorno”.

“Já entrei no TRE, o processo está em fase de instrução. Estou aguardando ser julgado, então não tem mais esse retorno”, disse ao O POVO em visita institucional nesta quinta-feira, 5.

Questionado se sua saída do PDT está condicionada à decisão do Tribunal Regional Eleitoral, Evandro afirmou que “sim”. A ação de Justificação de Desfiliação Partidária tramita sob relatoria do juiz Francisco Érico Carvalho Silveira, no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-CE).

"(A saída) Depende de como vai acontecer esse processo, do trâmite. Como é que vai chegar ao final desse processo", afirmou o presidente da Assembleia

Convicção de saída após novos conflitos

Evandro ratificou seu desejo de deixar o PDT em meio a entraves e brigas internas das últimas semanas. De acordo com o deputado, acontecimentos desde as eleições do ano passado até o presente momento o fizeram ter convicção de que o melhor é sair.

"O partido não tem mais condições de nós estarmos todos nós juntos, tendo em vista tanta coisa acontecendo. E ainda tantos sentimentos aflorados, sentimentos pequenos. Então isso só me deu mais convicção, a certeza de que a decisão que eu tomei foi a melhor decisão", disse.

O presidente da Alece disse que existe uma minoria dentro do PDT que tenta prevalecer sobre a maioria, em referência ao grupo liderado pelo deputado federal André Figueiredo (PDT) e pelo ex-prefeito Roberto Cláudio (PDT).

“E eu particularmente lamento muito, porque é um partido do qual eu tenho um carinho. Mas, infelizmente diante de tantas e tantas coisas acontecendo desde o ano passado pra cá, nos faz ter a certeza de que o PDT está passando por um momento de muita turbulência e infelizmente vai terminar definhando“, declarou.