Greve do Metrô em São Paulo acende debate pré-eleitoral entre direita e esquerda
O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) criticou sindicatos, enquanto o pré-candidato a prefeito Guilherme Boulos (PSOL) apontou Governo Estadual como culpado pela paralisaçãoA greve em São Paulo, movida pelos sindicatos contra privatização de linhas da CPTM e do Metrô a desestatização da Sabesp, ações ainda em estudo pelo Governo Estadual, aqueceram e anteciparam os debates pré-eleitorais para 2024.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), considerou que a greve no transporte na capital tem motivação política e associou a paralisação a "interesses políticos e ideológicos" e à eleição municipal de 2024.
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Em referência ao pré-candidato à Prefeitura do município, deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), Tarcísio questionou como a cidade será governada "por uma pessoa que não vai querer dialogar com o governo".
"Infelizmente, nós temos hoje uma confusão de sindicato com partido político, um controle desses sindicatos por determinados partidos. Partidos que já mostram que não têm a menor disposição para dialogar. E que estão pleiteando, por exemplo, eleição municipal no ano que vem. O que será de uma cidade governada por uma pessoa que não vai querer dialogar com o governo?", disse o governador em entrevista coletiva concedida para comentar a greve unificada nesta terça-feira, 3.
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O governador afirma que não há diálogo com os grevistas. Camila Lisboa, que preside o Sindicato dos Metroviários de São Paulo, é filiada ao partido de Boulos. A crítica de Tarcísio segue a mesma linha das declarações do prefeito, Ricardo Nunes (MDB), que chamou greve no Metrô de "ideológica" e disse que a paralisação é "apoiada pelo PSOL". Nunes e Boulos devem se enfrentar pelo comando da Prefeitura no ano que vem.
Na manhã desta terça-feira, Tarcísio lamentou a greve e afirmou que a população está "refém de sindicatos". "Uma greve ilegal e abusiva, na qual nem mesmo a decisão da Justiça é respeitada e que tem como real objetivo promover o caos e atrapalhar a vida de quem realmente quer trabalhar por nosso Estado", afirmou.
O deputado federal e pré-candidato a Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL), defendeu os sindicalistas e apontou o governo de Tarcísio como o "grande responsável" pela greve na região.
"Os trabalhadores propuseram em juízo liberar as catracas em vez da paralisação, para não prejudicar os usuários. O Governo Estadual recusou a proposta. Apostou no conflito e não no diálogo", disse.
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Greve do Metrô em São Paulo, entenda
A greve unificada da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) fechou seis linhas completas e duas de forma parcial. A paralisação foi definida inicialmente para durar 24 horas.
Posteriormente, um novo encontro do grupo vai avaliar quais serão os desdobramentos da campanha contra as privatizações e terceirizações dos serviços. Funcionários da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo, a Sabesp, também estão paralisados em protesto.
As categorias querem o cancelamento, pelo governo do Estado, dos processos de privatização e terceirização das empresas públicas, além da realização de um plebiscito com a população sobre o tema.
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