Eduardo Bismarck sobre racha no PDT: minoria "quer ficar com o partido a todo custo"

Parlamentar disse haver "insegurança e insatisfação" dentro da legenda após André Figueiredo retomar controle do diretório estadual

O deputado federal Eduardo Bismarck disse haver um clima de insatisfação e insegurança entre deputados federais, estaduais, prefeitos e pré-candidatos do PDT, após o novo racha interno no partido, com a saída do senador Cid Gomes da presidência da legenda no Ceará. O parlamentar avalia que há uma minoria que quer se sobrepor e controlar os rumos da sigla a qualquer custo.

A saída de Cid ocorreu na última segunda-feira, 2, após o retorno de André Figueiredo (PDT) ao comando do diretório estadual. André havia se licenciado da função após acordo costurado, em julho, na tentativa de pacificar o partido.

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Bismarck esteve na Assembleia Legislativa (Alece), nesta terça-feira, 3, e conversou com O POVO sobre a situação do PDT. Ele considerou haver “quebra de acordo” por parte de Figueiredo.

“Há um clima de insatisfação e insegurança. Essa insegurança permite que nossos líderes sejam convidados por outros partidos a saírem do PDT. Já os parlamentares, não se sentem tão felizes em desempenhar seus mandatos, porque estão envoltos nessa crise”, disse.

E completou: "Fica esse clima de insegurança no ar. Porque há um grupo minoritário, que não aceita a maioria, que quer ficar com o partido a todo custo. Qual o problema disso? Quando um grupo minoritário se sobrepõe ao majoritário você vê que as regras do partido estão sendo utilizadas a fim de atender interesses de quem está na liderança, do presidente, portanto”, argumentou.

Segundo Bismarck, a postura gera ruídos internamente. “Se ele usa a regra para atender o interesse dele e não aceita divergência dentro do partido, as pessoas ficam insatisfeitas dentro do partido porque sabem que podem ser atacadas, nos seus mandatos, a qualquer momento”, pontuou.

Sem citar nomes, Bismarck destacou negativamente a postura de alguns filiados que não concorrem a cargos eletivos, mas que atacaram lideranças durante o embate entre as alas divergentes do PDT.

“Pessoas que não tem voto dentro do partido, alguns filiados que não colocam o nome para ser candidato, achacando, falando mal e atacando os líderes que têm voto, respaldo popular e liderança sobre outros candidatos. Não se pode ficar submetido a esse tipo de ataque do próprio partido”.

O deputado defendeu ainda a construção de um diálogo que permita, inclusive, divergências. “Respeitando a posição, deixando aqueles que querem ficar na oposição. Não há problema. Porém tem que se respeitar o interesse da maioria”, disse num contexto em que a maioria dos deputados estaduais do PDT (dez dos 13) querem compor oficialmente a base do governador Elmano de Freitas (PT).

Em resposta a ação de André, o grupo de Cid articula uma nova reunião do diretório estadual, prevista para o próximo dia 16, para eleger nova executiva e, por consequência, destituir a atual composição, liderada por Figueiredo.

"Vamos trabalhar para reconvocar o diretório estadual com a pauta específica de eleger uma nova executiva para o PDT do estado de Ceará", informou o próprio Cid, em coletiva de imprensa realizada na última segunda-feira.

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