Antônio Henrique defende independência do PDT ao governo Elmano: "As coisas já estão funcionando"
Membro do grupo de três deputados estaduais que têm atuado na oposição, o parlamentar apoiou o retorno de André Figueiredo (PDT) ao comando da sigla no lugar de Cid Gomes
Em meio ao novo capítulo da crise interna do PDT, o deputado estadual Antônio Henrique (PDT) defendeu a manutenção da independência dos parlamentares da sigla em relação à gestão do governador Elmano de Freitas (PT). Integrante do grupo liderado pelo deputado André Figueiredo (PDT), Antônio disse que a condução do partido por Cid Gomes (PDT) não estava seguindo o acordado.
Na última sexta-feira, 29, reunião do PDT chegou a pautar apoio oficial do partido ao governo Elmano, mas o tema foi retirado de pauta após pedido de André Figueiredo. O encontro terminou com confusão, gritaria e aliados de André deixando o local antes do fim.
É + que streaming. É arte, cultura e história.
Atualmente, dez dos 13 deputados atuam na base da gestão estadual, mas a última definição do partido é de que houvesse autonomia para cada parlamentar definir posição. Henrique é parte dos três deputados que tem atuado na oposição ou de forma independente.
“Foi colocado em pauta (na sexta), por mais que depois tenha sido retirada, que a gente discutisse o apoio oficial ao governo Elmano. Não houve essa votação. Mas eu faço uma pergunta, se tivesse tido a votação e a maioria decidisse apoiar o governo, então nós (deputados do PDT), da oposição, teríamos que apoiar o governo?”, indagou.
E seguiu: “Se fosse o contrário, se a maioria decidisse que deveríamos ser oposição, os deputados da base viriam para a oposição? Entregariam os cargos no governo? Essa colocação (ser base ou não oficialmente) não precisa ser discutida. As coisas já estão funcionando”, argumentou.
O parlamentar, da ala do partido que tem nomes como o ex-prefeito de Fortaleza Roberto Cláudio (PDT), o prefeito José Sarto (PDT) dentre outros, diz que a unificação defendida pelo grupo do senador Cid não estava ocorrendo como deveria.
“Essa unificação não foi conduzida conforme o que está sendo dito. Não está unindo, está criando situações. Acho que estamos muito bem aqui. Os três deputados (da oposição) dialogam bem com os outros dez, respeitando os posicionamentos de cada um. Foram essas coisas que fizeram com que o André voltasse a presidência”, justificou.