Adail Júnior comenta crise no PDT: "É igual a mel de abelha, desunerou"

Aliado de Sarto e Roberto Cláudio, vereador defende retorno de André Figueiredo ao comando do PDT no Ceará

O vereador Adail Júnior se posicionou a respeito do novo capítulo da crise no PDT desde a última sexta-feira, 29, quando a reunião do diretório teve de ser encerrada após confusão entre os membros do partido. No entendimento dele, a composição da legenda pode ser equiparada a mel de abelha: “Depois que desunera, pronto, só outro”.

“É igual a mel de abelha, desunerou. Se não formar outro PDT ele não segue. Não sei quem tem que sair, só sei que tá desunerado, quem conhece mel de abelha sabe que tem comprar um novo”, disse.

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Adail fez referência a "desunerar", expressão popularmente usada no Ceará quando se quer falar sobre algo que perdeu a consistência.

A fala do vereador faz menção aos atritos entre o presidente do diretório estadual do PDT, André Figueiredo e o senador Cid Gomes, que voltaram a brigar pelo comando do diretório estadual do partido no Ceará.

Em julho, ambos os pedetistas haviam firmado um acordo que estabeleceu que Cid ficaria à frente da legenda no Ceará até dezembro deste ano. O movimento fazia parte de uma negociação entre alas divergentes para apaziguar o partido e preparar o terreno para as eleições municipais de 2024.

Adail reitera a necessidade de fortalecer o partido, independentemente da categoria, seja diretório municipal, estadual ou federal. Segundo ele, a união da legenda será estabelecida quando os integrantes estabelecerem quais projetos e pautas vão ser cruciais ao partido.

“A pauta nacional é a que a gente vai lutar, vai brigar, para mantermos a Prefeitura de Fortaleza, que é a maior prefeitura que nós temos a nível nacional, então, pra começar nós temos que focar todas as nossas forças em cima desse projeto nacional”, explicou.

Quando questionado se apoiava ou não a volta de André Figueiredo ao comando estadual do partido, Adail fez questão de esclarecer que, André e Cid devem ocupar os cargos para os quais foram direcionados: um para presidente e outro para vice-presidente do diretório, respectivamente.

“Acho que voltou à normalidade. Presidente no posto de presidente e vice-presidente no posto de vice-presidente, o que tem de anormal nisso? Não é pra ninguém se espantar”, pontuou.

“Nós do PDT já fomos muito prejudicados com essa briga. Na minha concepção, fica no PDT quem é pedetista. Nós não podemos esquecer que tem uma ala pedetista no PT. Então, nós temos que ter consciência, quem é PDT, é PDT. Nós não podemos ser do PDT querendo fazer parte de um partido que o partido não faça parte”, completou.

A declaração do vereador faz menção a gestão do governador Elmano de Freitas (PT), que tornou-se um ponto de atrito entre os membros do PDT durante reunião da última sexta. Na ocasião, o senador e então presidente do diretório estadual deliberou sobre a legenda apoiar ou não o governo de Elmano.

No encontro, André Figueiredo — licenciado da presidência estadual — pediu que o assunto fosse retirado de pauta. No entanto, a discussão prosseguiu, resultando no encerramento da reunião.

Cid lidera o grupo que é favorável ao apoio formal. André é contra, alinhando-se como grupo do ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, que preside a sigla em Fortaleza.

No entendimento de Adail, os pedetistas que se opõem à decisão do prefeito de Fortaleza, José Sarto (PDT), que apoia o retorno de Figueiredo, não são “pedetistas” de fato.

"A minha preocupação é pensar assim. Quem é pedestista? 'Ah, eu sou'. Tá defendendo o Sarto? 'Não'. Então que pedetista é esse? Tá seguindo as orientações do partido? 'Não'. Então que pedetista é esse?", questionou. 

Retomando a pergunta sobre de que lado está, Adail respondeu que está no time de André Figueiredo, Sarto, Roberto Cláudio e Ciro Gomes. 

“Eu tô aguardando a fala dos deputados, não estou provocando, mas estou aguardando, não vou me silenciar”, prosseguiu. “Você tem um lado, meu lado é André Figueiredo, Sarto, Roberto Cláudio e Ciro Gomes, continuo Ciro na esperança de um dia ele ser presidente. Esse é o time em que eu jogo, esse é o time que eu defendo, respeitando o regime democrático”.

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