Evandro critica André por retirar Cid do comando do PDT: "Capricho de um pequeno grupo"
Além do presidente da Assembleia, outros aliados de Cid, como os deputados estaduais Osmar Baquit e Romeu Aldigueri, ambos do PDT, se manifestaram sobre o casoO presidente da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece), deputado Evandro Leitão (PDT), criticou a saída forçada do senador Cid Gomes (PDT) da presidência do Diretório Estadual da sigla trabalhista, após o retorno do deputado federal André Figueiredo (PDT), que estava de licença. Leitão classificou o movimento da ala ligada a Figueiredo como “capricho de um pequeno grupo”.
O deputado estadual disse que Cid é “mais uma vítima da insensatez e da arbitrariedade que vêm dominando o comando do PDT nos últimos meses”. A fala faz referência à gestão de Figueiredo, que comandava a sigla até firmar acordo com Cid, no início de julho, e se licenciar na tentativa de pacificação.
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“Lamentável que um partido com tanta história em defesa da democracia seja usado pelo capricho de um pequeno grupo”, completou o parlamentar, que apresentou pedido formal para deixar a legenda e que é alvo de questionamento na Justiça pelo diretório nacional, também liderado por Figueiredo.
Nesta segunda-feira, 2, André anunciou o retorno ao comando do PDT Ceará. "Em decorrência dos últimos acontecimentos, tive de retomar ao comando do partido. Não tinha vontade de fazer isso, mas os acordos não estavam sendo cumpridos", disse André.
Além do presidente da Alece, outros aliados de Cid, como os deputados estaduais Osmar Baquit e Romeu Aldigueri, ambos do PDT, se manifestaram sobre o caso.
Baquit defendeu a convocação de reunião para destituir o diretório liderado por André e a realização de nova eleição, e projetou uma "revoada" de prefeitos e lideranças pelo Ceará, caso Cid deixe a presidência.
Aldigueri, por sua vez, comentou que a democracia interna do PDT não estaria sendo respeitada ao argumentar que mais da metade do diretório estadual está ao lado de Cid, e defendeu a permanência do senador no comando da legenda.
A movimentação aprofunda a crise no PDT cearense e ocorre após uma reunião realizada na última sexta-feira, 29, que terminou em briga, gritaria e com aliados de André Figueiredo deixando o local antes do fim, acusando cidistas de “ditadura” interna.
O racha no PDT envolve dois grupos, um composto por nomes como Roberto Cláudio, Figueiredo e o prefeito de Fortaleza, José Sarto (PDT), que defendem a independência do partido no âmbito estadual e não querem proximidade com a gestão Elmano de Freitas (PT).
Outra ala, composta por Cid Gomes, a maioria dos deputados estaduais e federais do partido, defende a manutenção da aliança estadual que estava em curso até o rompimento na eleição do ano passado.