Michelle Bolsonaro sobre delação de Mauro Cid: "Não tenho nada a temer"

Em entrevista exclusiva, ex-primeira-dama disse que sua relação com Mauro Cid sempre foi "profissional"

Em entrevista exclusiva ao O POVO, veiculada nesta quinta-feira, 28, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) afirmou não se preocupar com a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da presidência de Jair Bolsonaro (PL). À Polícia Federal (PF), Cid disse o ex-mandatário havia se reunido com militares da cúpula das Forças Armadas para discutir sobre uma minuta que visava pôr em prática um golpe militar no Brasil. Ele também deu informações referentes ao caso das joias sauditas. 

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Questionada sobre a deleção e sobre sua relação com o militar, Michelle afirmou que mantinha contato apenas de forma profissional e que, na maioria das vezes, Cid tratava assuntos apenas com sua assessoria, não com ela diretamente. Ela acusou que o caso é usado para "desviar a atenção das pessoas de questões nacionais importantes".

Leia entrevista com Michelle Bolsonaro na íntegra.

"É preciso reforçar que, infelizmente, alguns veículos de imprensa estão muito mais preocupados em escrever títulos sensacionalistas do que em apurar a verdade. Por isso, eles não têm nenhum pudor em divulgar mentiras, disfarçar ou omitir a verdade para obterem os seus 'clicks'. Não tenho com o que me preocupar. Minha relação com Mauro Cid sempre foi apenas profissional. Ele era um assessor e, na maioria das vezes, tratava com a minha assessoria", disse a ex-primeira-dama.

Confira o trecho na integra:

Você se preocupa com a anunciada delação premiada do tenente-coronel MauroCid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro? Como era a relação da senhora com eledurante o governo?

Michelle Bolsonaro: É preciso reforçar que, infelizmente, alguns veículos de imprensa estão muito mais preocupados em escrever títulos sensacionalistas do que em apurar a verdade. Por isso, eles não têm nenhum pudor em divulgar mentiras, disfarçar ou omitir a verdade para obterem os seus “clicks”.Não tenho com o que me preocupar. Minha relação com Mauro Cid sempre foi apenas profissional. Ele era um assessor e, na maioria das vezes, tratava com a minha assessoria. Como já falei, isso não passa de sensacionalismo barato usado como uma forma de desviar a atenção das pessoas de questões nacionais importantes como o aumento do preço do diesel e da gasolina; a crise do leite; a queda no número deempregos; os aumentos de impostos; os empréstimos para Argentina e as “negociações” com Venezuela e Cuba; “os passeios presidenciais”, o aumento da criminalidade e dos assassinatos, as filas de espera no INSS que não acabam e a retirada de beneficiários das bolsas assistenciais. Enfim, querem desviar a atenção do fracasso alcançado por esse (DES)governo.

O disse Mauro Cid em delação

Mauro disse, durante delação, que Bolsonaro consultou militares da cúpula das Forças Armadas sobre a possibilidade de adesão a uma minuta que visava pôr em prática um golpe militar no Brasil. O militar apontou que o almirante Almir Garnier Santos, então comandante da Marinha, teria se demonstrado aberto à possibilidade de aderir ao movimento de caráter golpista. Já o comando do Exército teria rechaçado a mesma possibilidade. A informação foi veiculado pela colunista Bela Megale, do O Globo

De acordo com o depoimento, Mauro Cid relatou ter participado de uma reunião com esse teor. Também teriam participado ministros da ala militar, que faziam parte do governo Bolsonaro à época.A partir da declaração de Cid, a PF deve apurar a veracidade das informações e buscar provas.

Delação de Mauro Cid foi homologada pelo STF

A delação premiada para a Polícia Federal começou a ser organizada no último dia 7 de setembro, tendo sido homologada, no dia 9, pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. O militar estava preso desde maio, após uma operação da PF, mas deixou a prisão após o acordo de colaboração

Como benefícios da delação premiada, o tenente-coronel ganhou liberdade provisória com uso de tornozeleira eletrônica. Moraes determinou que Cid, além de usar tornozeleira eletrônica, terá limitação de sair de casa aos fins de semana e também à noite, bem como o afastamento das funções no Exército e a proibição de contato com outros investigados. Além do tenente-coronel, o acordo beneficia a mulher dele, Gabriela Cid, a filha mais velha, Beatriz Cid e o pai, Mauro Lourena Cid, que não serão alvos de investigação da PF.

Michelle no Ceará

A ex-primeira-dama estará no Ceará neste sábado, 30, para comandar evento do PL Mulher. Deve acompanha-la, Bolsonaro e parlamentares da bancada cearense do PL. Bolsonaro confirmou a sua visita a Fortaleza nesta quarta-feira, 27, em vídeo ao lado do deputado federal André Fernandes (PL). O parlamentar afirma que o evento "vai ter também aí uma visita ilustre especial".

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