Foto desmente Heleno e comprova Cid em reunião com chefes das Forças Armadas
De acordo com o general e ex-ministro de Bolsonaro, "é fantasia" dizer que Cid participava de reuniões; imagem prova o contrário
15:37 | Set. 26, 2023
O ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, afirmou nesta terça-feira, 26, na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8/1, que o então ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), tenente-coronel Mauro Cid, não participava de reuniões com os comandantes das Forças Armadas.
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Porém, uma imagem compartilhada em 25 de fevereiro de 2019, pelo próprio Palácio do Planalto, desmente a fala de Heleno e confirma Mauro Cid em reunião com os então chefes da Marinha, Exército e Aeronáutica. O ex-ajudante de ordens aparece atrás do general.
"Eu quero esclarecer que o tenente-coronel Mauro Cid, ele não participava de reuniões, ele era o ajudante de ordens do presidente da República. Não existe essa figura do ajudante de ordens sentar numa reunião dos comandantes de Força e participar da reunião. Isso é fantasia. Isso é fantasia", disse Heleno na CPMI.
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O general também questionou a delação premiada de Mauro Cid. Ele afirmou estranhar divulgarem trechos do depoimento mesmo estando em sigilo.
"É a mesma coisa é essa delação premiada, ou não premiada, do Mauro Cid... Tão apresentando trechos dessa delação e me estranha muito, porque a delação está ainda sigilosa, ninguém sabe o que o Cid falou", declarou.
Reunião com Forças Armadas
No encontro, intitulado como “reunião com Ministro da Defesa e Comandantes das Forças Armadas”, também estavam Bolsonaro, Fernando Azevedo, titular da Defesa, Almirante de Esquadra, Comandante da Marinha, Exército, Aeronáutica, Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas e o Secretário-Geral do Ministério da Defesa.
Em delação na última semana, Mauro Cid afirmou à Polícia Federal (PF) que Bolsonaro recebeu do assessor Filipe Martins uma minuto de decreto para prender adversários e convocar novas eleições. O presidente à época levou o documento para os chefes das Forças Armadas, recebendo sinal positivo do almirante Almier Garnier Santos, comandante da Marinha. Os demais comandantes não teriam topado.