Anderson Torres tem porte de armas cassado pela Polícia Federal
O ex-ministro da Justiça responde por suspeita de conivência e eventual omissão com os atos golpistas de 8 de janeiro em Brasília
16:41 | Set. 25, 2023
A Polícia Federal (PF) cassou o porte de armas do ex-ministro da Justiça Anderson Torres. Na última sexta-feira, 22, agentes da PF estiveram na casa de Torres para entregar a notificação de cassação. Os armamentos, contudo, foram apreendidos no dia 10 de janeiro.
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O ex-ministro responde por suspeita de conivência e eventual omissão com os atos golpistas de 8 de janeiro em Brasília (DF), quando ainda atuava na secretaria de Segurança Pública no DF. Por este motivo, foi preso por quatro meses, entre janeiro e maio. Ele foi solto no dia 11 de maio e cumpre medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica, por exemplo.
Além disso, Anderson Torres enfrenta um Processo Administrativo Disciplinar interno da PF, que investiga as ilegalidades cometidas por servidores públicos, além de cumprir uma série de medidas para responder em liberdade provisória. O ex-ministro é delegado da Polícia Federal.
Pelo que Anderson Torres está sendo acusado:
- Omissão por conivência nos atos golpistas de 8 de janeiro. À época, Torres era secretário da Segurança Pública do Distrito Federal. No entanto, no dia dos ataques, ele estava nos Estados Unidos. A acusação se dá pelo fato de não ter preparado um esquema de segurança eficaz aos prédios públicos. Este foi o motivo principal da prisão de Torres.
- Bloqueios da Polícia Rodoviária Federal (PRF) durante o 2° turno das eleições presidenciais, em outubro de 2022. No dia da eleição, agentes da PRF bloquearam estradas do Nordeste, região em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tinha arrecadado mais votos que o ex-mandatário Jair Bolsonaro (PL). À época, Torres atuava como ministro da Justiça e é investigado por incitar a PRF a fazer esses bloqueios, mesmo com determinação contrária do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
- Minuta golpista: A PF encontrou na casa de Anderson Torres uma minuta golpista de um decreto presidencial que exigia a instauração de um estado de defesa para alterar o resultado da eleição. A medida autorizaria Bolsonaro a interferir no TSE. A medida é institucional.
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