Ministério das Mulheres repudia masturbação coletiva de estudantes em partida de vôlei feminino

Por meio de comunicado publicado no X, antigo Twitter, a pasta pede que atitudes semelhantes ao dos estudantes sejam combatidas.

O Ministério das Mulheres, chefiado pela ministra Aparecida Gonçalves, repudiou o ato praticado por estudantes de medicina da Universidade de Santo Amaro (Unisa). No vídeo, alunos da instituição simulam uma masturbação coletiva durante uma partida de vôlei feminino. O fato ocorreu em abril deste ano. Contudo, a gravação começou a ser veiculada nas redes sociais neste sábado, 16.

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Por meio de comunicado publicado no X, antigo Twitter, a pasta pede que atitudes semelhantes à dos estudantes sejam combatidas.

“Romper séculos de uma cultura misógina é uma tarefa constante que exige um olhar atento para todos os tipos de violências de gênero. Atitudes como a dos alunos de Medicina, da Unisa, jamais podem ser normalizadas — elas devem ser combatidas com o rigor da lei”, escreve.

"O Ministério das Mulheres reforça seu compromisso de enfrentar essas práticas que limitam ou impossibilitam a participação das estudantes como cidadãs. Vamos seguir trabalhando para que as universidades sejam espaços seguros, livres de violência", completou.

De acordo com a presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Manuella Mirella, a organização está cobrando uma posição diretamente da Unisa, que até a publicação desta matéria não se pronunciou acerca do caso.

“Nós recebemos essa denúncia com muita revolta, é repugnante o que aconteceu nesses órgãos internados. Estamos cobrando um posicionamento diretamente da Unisa que até agora não se posicionou", alegou.

"Lançamos também uma cartilha da UNE explicando o que fazer e como podemos combater essa violência que acontecem quase que livremente. O que esses alunos homens pensam? Esse sentimento de impunidade, de que nada vai acontecer e isso não é verdade, por isso, cobramos um protocolo para que esses estudantes sejam punidos no rigor da lei. Ser mulher no Brasil é difícil, e ser mulher universitária é mais difícil ainda".

A Associação Atlética Acadêmica José Douglas Dallora, da Unisa, publicou um comunicado nesta segunda-feira, 18, afirmando que as filmagens não são atuais e não representam os princípios e valores pregados pela atlética. Acrescentou também que não tolera ou compactua com qualquer ato de abuso ou discriminatório.

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Entenda o caso

Acadêmicos do curso de medicina da Universidade de Santo Amaro (Unisa), em São Paulo, foram expulsos da competição esportiva entre universidades do curso, intitulada Intermed, após simularem masturbação coletiva durante uma partida de vôlei feminino. O episódio aconteceu em abril deste ano, contudo, o vídeo começou a ser veiculado nas redes sociais neste sábado, 16.

Nas imagens veiculadas na internet, mais de 20 homens aparecem correndo na quadra com calças abaixadas, encenando uma "Volta Olímpica", enquanto tocam suas partes íntimas. Em outra gravação, é possível ver a presença dos estudantes em uma plateia assistindo ao jogo feminino e simulando masturbação.

Conforme reportagem do portal Uol, publicada em 2022, a prática tornou-se uma "tradição" realizada pelos internos. Todavia, a ação do grupo de estudantes pode ser enquadrada no art.215 do Código Penal como crime de importunação sexual, com pena de 1 a 5 anos de reclusão.

Mensagens em grupos de WhatsApp, captadas pela reportagem, mostravam que os calouros recebiam uma lista com os eventos que seriam realizados na universidade ao longo do período, como torneios e campeonatos. "A tradição dos bixos (calouros) homens na abertura é correr pelado na quadra com as outras faculdades".

Nas redes sociais, a deputada estadual Marina do MST (PT-RJ) mostrou indignação com a atitude dos estudantes e questionou: "São essas mesmas figuras que cuidarão da nossa sociedade quando formados médicos?". 

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Além da deputada, internautas cobram que a Unisa se posicione acerca do ocorrido e da expulsão dos estudantes.

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