Moraes manda soltar segurança de Bolsonaro investigado por fraude em cartão de vacina

A investigação continua. Ou seja, pode ter novos desdobramentos

07:46 | Set. 08, 2023

Por: Agência Estado
Ministro Alexandre de Moraes homologa delação premiada; Cid deve passar a utilizar tornozeleira eletrônica (foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a soltura de Max Guilherme Machado de Moura, ex-segurança e assessor do ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL).

Max Guilherme estava preso desde 3 de maio e é investigado no âmbito da apuração sobre a inserção de dados falsos no cartão de vacina do ex-presidente, a mesma operação que prendeu o ex-ajudante de ordens da Presidência, tenente-coronel Mauro Cid.

A informação da soltura foi confirmada pelo advogado Admar Gonzaga, que defende Max Guilherme no processo.

De acordo com o defensor, não havia mais motivos para a manutenção da prisão, mas a investigação continua. Ou seja, pode ter novos desdobramentos.

A decisão de Moraes não é pública e o processo corre em sigilo. Segundo o advogado, a decisão foi emitida na quarta-feira, 6, e a soltura de fato ocorreu na quinta-feira, 7. Max Guilherme saiu da prisão usando tornozeleira eletrônica.

Max Guilherme foi sargento da Polícia Militar do Rio e atuou na segurança de Bolsonaro durante o mandato do ex-presidente.

Ele era visto frequentemente ao lado de Jair Bolsonaro nas conversas com apoiadores no Palácio da Alvorada. Ele foi candidato a deputado federal pelo Rio nas eleições do ano passado, mas não foi eleito.

Junto com Max, foram presos no mesmo dia Mauro Cid e outro assessor de Bolsonaro, Sergio Cordeiro.

A Polícia Federal apontou um esquema de fraude em carteiras de vacinação que beneficiou o ex-presidente, sua filha Laura e aliados.

O objetivo, de acordo com as investigações, era obter vantagem indevida em situações que necessitassem de comprovação da vacina contra a covid-19, como em viagens internacionais.