Cinco anos da facada em Bolsonaro: ex-presidente e aliados relembram atentado

O ocorrido é politizado por grupos da direita apoiadora do ex-presidente e também por da esquerda que questionam a veracidade do atentado

No dia 6 de setembro de 2018, o então candidato à Presidência, Jair Messias Bolsonaro, sofreu uma facada na cidade de Juiz de Fora, em Minas Gerais. Ele foi socorrido e já passou por seis cirurgias desde então. O ocorrido tirou Bolsonaro de debates eleitorais, mas mesmo assim ele foi eleito presidente da República pouco mais de um mês depois.

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Nesta quarta-feira, 6, Bolsonaro por meio de suas redes sociais relembrou o caso e disse que a Presidência do Brasil foi "um preço muito alto", mas exercido com patriotismo e honestidade.

"Com cinco anos hoje, todo o meu sofrimento (perseguições) e dos que estão ao meu lado (parentes, amigos e brasileiros desconhecidos) não estão sendo em vão", afirmou na postagem.

A ex-primeira dama, Michelle Bolsonaro, compartilhou um vídeo com seu esposo internado, disse que chorou ao relembrar o dia do atentado e perguntou: "Quem mandou matar Jair Bolsonaro?". 

"No hospital presenciei a vontade e o esforço do meu marido para sobreviver às complicações diárias devido à gravidaed dos ferimentos. Como ele foi forte!", declarou na publicação.

A deputada federal Carla Zambelli (PL) também fez uma postagem mencionando a facada e disse que, após cinco anos, não se sabe quem mandou matar Bolsonaro e, segundo ela, "muitos pontos não fecham". Zambelli afirmou que o dia jamais será esquecido e que o Brasil presenciou um grave atentado a democracia.

Cinco anos da facada em Bolsonaro: diferentes narrativas políticas

Durante estes cinco anos do atentado, o caso ainda levanta debates. A direita e grupo de apoiadores do ex-presidente levantam a questão, fomentada pelo próprio clã Bolsonaro, de que ele foi vítima de um atentado promovido pela esquerda.

Adélio Bispo, autor da facada, foi preso e a Polícia Federal (PT) apontou que ele agiu sozinho, e não a mando de alguém. Seu passado como filiado do Psol é usado como argumento de defensores da tese de uma ligação entre Adélio e a esquerda.

Em contrapartida, desde o acontecimento até os dias de hoje, há um grupo de céticos quanto ao acontecimento, que questionam se de fato Bolsonaro sofreu a facada ou forjou para usar sua imagem como “mártir”.

As várias internações e cirurgias de Bolsonaro nestes cinco anos são usadas pelo próprio ex-presidente, e o vereador Carlos Bolsonaro, filho “02” de Jair. Ao longo do período, eles divulgam imagens do político internado para reforçar a tese de “perseguição” sofrida por ele.

No dia em que Bolsonaro se tornou inelegível em votação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Fabio Wajngarten, ex-secretário-executivo do Ministério das Comunicações do ex-presidente, divulgou um ensaio de Bolsonaro sem camisa com a cicatriz da facada.

Em agosto, o deputado federal, Eduardo Bolsonaro (PL-SP), o “03”, lançou um calendário com a imagem e a frase “a nossa liberdade vale mais do que a nossa própria vida”.

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