AGU vai criar força-tarefa para reparar danos da Lava Jato a Lula
Após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli invalidar as provas do acordo da Odebrecht na Lava Jato, a Advocacia-Geral da União (AGU) anunciou que criará força-tarefa para apurar desvios de agentes públicos e reparar eventuais danos causados pela operação ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O advogado-geral da União, Jorge Messias, cotado para assumir a vaga da ministra Rosa Weber no Supremo, disse em nota que a medida cumpre decisão de Toffoli. "Uma vez reconhecidos os danos causados, os desvios funcionais serão apurados, tudo nos exatos termos do que foi decidido pelo Supremo Tribunal Federal".
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Na decisão, proferida na manhã desta quarta-feira, 6, Toffoli afirmou que a prisão de Lula foi "um dos maiores erros judiciários da história" do Brasil, uma "armação fruto de um projeto de poder" e o "ovo da serpente" de ataques antidemocráticos.
De acordo com a AGU, o grupo vai analisar a conduta de procuradores da República e membros do Poder Judiciário - o que pode atingir o ex-juiz da Lava Jato e hoje senador Sergio Moro (União Brasil-PR) e o ex-procurador e ex-deputado Deltan Dallagnol. A conduta da 13ª Vara Federal de Curitiba, berço da Lava Jato, também é alvo de investigação da corregedoria do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Procurada pela reportagem, a Procuradoria-Geral da República (PGR) não se manifestou.
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