Lula defende voto secreto no STF: 'Sociedade não tem que saber como vota um ministro'

A fala vem depois de Cristiano Zanin, indicado por Lula, ser criticado na esquerda pelos votos proferidos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sugeriu nesta terça-feira (5) o sigilo de votos de ministros do Supremo Tribunal Federal para não criar "animosidade". A fala vem depois de ministros como Alexandre de Moraes serem alvos de ataques e de Cristiano Zanin, indicado por Lula, ser criticado na esquerda por dar votos contrários às ideias desse grupo político.

 

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"A sociedade não tem que saber como vota um ministro da Suprema Corte. Eu acho que o cara tem que votar e ninguém precisa saber. Votou, maioria, 5 a 4, 6 a 4, 3 a 2. Não precisa ninguém saber se foi o Uchôa que votou, o Camilo que votou. Porque aí cada um que perde ficar com raiva e cada um que ganha fica feliz", disse o presidente.

Ele deu as declarações no programa Conversa com o Presidente, uma espécie de live semanal de Lula produzida pela EBC. Uchôa, referido pelo presidente, é o jornalista Marcos Uchôa, apresentador do programa. Camilo é Camilo Santana, ministro da Educação, que participou da edição desta terça-feira.

"Para a gente não criar animosidade, eu acho que era preciso começar a pensar se não é um jeito de a gente mudar o que está acontecendo no Brasil. Porque do jeito que vai daqui a pouco o ministro da Suprema Corte não pode mais sair na rua", declarou o presidente da República.

Hoje, os votos dos ministros não só são públicos como transmitidos pela TV Justiça em julgamentos. O material é reproduzido na imprensa e nas redes sociais.

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