Após Evandro anunciar saída, André nega perseguição e reforça que mandato é do partido
Presidente nacional do PDT, licenciado da direção estadual, diz que houve falas injustas na Assembleia e questiona a quem interessa situação do partido
18:14 | Ago. 29, 2023
O presidente nacional do PDT, André Figueiredo, negou que tenha havido perseguição do partido contra o presidente da Assembleia Legislativa, Evandro Leitão. Ele também afirmou que recursos foram oferecidos a todos os parlamentares nas últimas eleições, dentro de normas estabelecidas em resolução nacional. Evandro afirmou, em discurso nesta terça, não ter recebido verbas do partido e comunicou que irá se desfiliar.
"Considero importante registrar que as quase quatro décadas de dedicação ao partido falam por mim. Eu certamente não conseguiria isso se em minha natureza houvesse a prática da perseguição", disse André.
O presidente nacional disse ainda: "Quero deixar bem claro que aqui no Ceará, a NENHUM parlamentar, seja federal ou estadual, foi deixado de oferecer recursos do Fundo Eleitoral em 2022, dentro das normas estabelecidas em Resolução Nacional".
André faz apelo pela pacificação. "Mesmo com muitas declarações que considero injustas, sendo realizadas na sessão da Assembleia Legislativa do Ceará hoje dia 30/08/23, faço uma nova conclamação para a união partidária".
Sobre a crise no partido, ele indaga: "A quem interessa tudo isso que ocorre no nosso PDT?"
O deputado federal ressaltou que o fato de alguns membros do partido não terem acatado a decisão do diretório e da convenção estadual de lançar Roberto Cláudio candidato em 2022 é a razão pela qual o partido "vem se desgastando com crises internas".
André diz ter sido pego de surpresa pela decisão do diretório, na sexta-feira, de dar aval à saída de Evandro Leitão. Ele salientou o fato de a reunião não ter tido pauta previamente anunciada.
"Cabe salientar que existe uma previsão estatutária de que o mandato pertence ao Partido e que anuências são VEDADAS inclusive por uma Resolução de 01/05/2022".
Ele destacou ainda que uma das razões para o acordo que levou Cid Gomes à presidência estadual, em julho, era evitar a saída de integrantes do partido. "Se um dos motivos para a mudança temporária na presidência estadual do PDT era evitar desfiliaçoes de companheiros(as) valorosos(as), por que isso poderia ocorrer de forma tão abrupta?"