Luizianne critica Sarto e diz que grupo do prefeito usa GPS para andar em Fortaleza
A deputada lançou publicamente sua pré-candidatura e afirmou que escolha do nome será feito de forma democráticaA deputada federal Luizianne Lins (PT) teceu críticas ao atual prefeito de Fortaleza, José Sarto (PDT). Em discurso para população no bairro Jangurussu, a parlamentar acusou o gestor e seu grupo político de “não ter noção” sobre o Fortaleza. Ela exaltou obras da gestão dela (2005–2013), como a Vila do Mar, em tom de crítica os atuais investimentos na Capital.
“Na hora que eu tive que tomar a decisão se eu queria reformar de novo a Beira-Mar primeiro, com o dinheiro pronto, ou fazer a Vila do Mar? Não tive dúvida”, disse. Ela subiu o tom ao lembrar da eleição de 2020, onde os dois disputaram vaga pela chefia do Paço Municipal. Ela citou a postura de Sarto na campanha e afirmou que o grupo do gestor só se locomove em Fortaleza com GPS, por não "conhecerem a cidade".
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“Um bando de pessoas que no dia seguinte que ganhou a eleição não tem a menor noção. Se soltar lá no Curió, eles não voltam pra casa, o fato é esse, se soltar uma pessoa dessa, bota no Curió vê, se ele consegue chegar em casa? Consegue não. Não conhece a cidade”, afirmou.
E seguiu: “Se botar no Jangurussu e mandar ir lá pra Aldeota de novo, volta não. Ainda bem que tem GPS. Aliás, volta porque tem GPS. A gente tem que parar de ficar elegendo gente que na hora da eleição sabe tudo de Fortaleza, são os melhores, os mais bonitinhos e depois tchau”.
Na última sexta-feira, 25, ela se colocou como pré-candidata à Prefeitura pelo PT. A vaga para ser a cabeça da chapa petista tem como um dos cotados o deputado Evandro Leitão, hoje no PDT. Ele recebeu uma “carta de anuência” do diretório da sigla para poder deixar a agremiação sem prejuízos a seu mandato, embora seja considerada nula pelo presidente nacional André Figueiredo (PDT).
Sobre o deputado, Luizianne disse ter uma boa relação e se referiu a ele como “querido”, mas evitou projetar cenários enquanto não houver a concretização da filiação.
“O Evandro é um querido, quero muito bem a ele, tenho uma relação pessoal muito boa com ele”, disse. "Eu não vou ficar especulando. Se o Evandro estiver no PT, se ele for pro PT, nós vamos falar a partir daí", continuou.
Ela ressaltou ainda ao público os processos "democráticos" dentro da sigla e que "não tem essa decisão de "escolha" feita por um único quadro.
"Coloquei meu nome dentro do Partido dos Trabalhadores porque nós aprendemos no PT que a gente não tem essa decisão 'fulano decidiu, o candidato vai ser fulano', o PT sempre teve um processo de democrático de discussão interna de seus filiados para decidir o nome, mas o meu nome está colocado", disse.