Eduardo Bismack avalia que Evandro decidiu sair do PDT "por falta de espaços para crescer"
Diretório estadual deu amparo jurídico para que Evandro possa deixar o PDT e se filiar a outra legenda sem perder o mandato
13:28 | Ago. 26, 2023
O deputado federal Eduardo Bismarck (PDT) avaliou que a movimentação de saída de Evandro Leitão (PDT) da sigla seria pela "falta de espaço para crescer". Nesta sexta-feira, 25, o diretório do PDT votou por conceder permissão para que o hoje presidente da Assembleia Legislativa (Alece) possa deixar a agremiação sem futuros questionamentos jurídicos. Para Bismarck, Evandro é "um caso proeminente de candidato à prefeito da Capital".
Sem votos contrários e com sete abstenções, a votação foi tranquila. Para o pedetista, a ampla maioria da sigla "entendeu" que o pedido de Evandro seria por não ter "espaços para crescer. "Foi a ampla maioria que deu carta, porque conhecem a questão e hoje a ampla maioria do partido pensa da forma alinhada com o presidente Evandro, que há essa decisão dele de migrar para um outro local por não encontrar espaços para crescer aqui, não quer dizer que ele vá migrar, quer dizer que o partido deu a oportunidade dele refletir se migrará ou não", ressaltou.
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A saída de Evandro é ventilada há meses, diante da preferência do grupo do ministro Camilo Santana (PT) para que ele seja o candidato à Prefeitura de Fortaleza. A candidatura é inviável no PDT, já que o prefieto José Sarto já se colocou para tentar reeleição.
Bismarck ponderou que agora Evandro poderá dar seus próprios "passos". "Dada a carta de anuência com esses argumentos de que ele não tem espaço no partido para poder buscar novas oportunidades, o caminho dele é decidido por ele", disse após a reunião.
A concessão também dá, segundo ele, segurança jurídica. "Ele está seguro juridicamente, mas o diretório estadual é quem tem o poder de dar a carta de anuência aos filiados no estado. A abrangência jurídica portanto é estadual", ressaltou. Tese que não conta com a concordância do presidente nacional em exercício do PDT, deputado André Figueiredo. Para ele, a carta tem valor nulo.
Bismarck pontuou que não espera a saída de mais nomes pedetistas, movimentação também cotada diante de deputados e prefeitos insatisfeitos com a condução da legenda . "O Evandro é um caso proeminente de candidato a prefeito da capital, que é a maior cidade do Estado, não há outro caso. Eu acho que não vir como uma avalanche, o objetivo é reter", disse.