Pedetistas lamentam saída do PSD da base de Sarto, mas dizem que isso não afeta eleições
A saída do PSD ocorreu num contexto de queixas da legenda de que ocupava espaços "periféricos" na gestão da Capital. Partido entra oficialmente no governo Elmano nesta terça-feira, 22, com Célio Studart (PSD) tomando posse na Secretaria da Proteção AnimalVereadores do PDT lamentaram, nesta terça-feira, 22, a saída do PSD da base do prefeito José Sarto (PDT) e a trataram como uma “perda” para a base aliada a pouco mais de um ano da eleição municipal. No entanto, parte dos parlamentares não considera o movimento como “decisivo” para o resultado do pleito de 2024. Carlos Mesquita (PDT) disse que o PSD também perde ao deixar a base.
Líder do prefeito na Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor), Mesquita disse não ter participado de qualquer discussão interna e reforçou que a relação do PSD com a Prefeitura era benéfica para ambos os lados e que ambos perdem com o rompimento. “O PSD é formado por pessoas esclarecidas. Domingos é um cara passado na casca do alho, sabe o que faz. Deve ter tido uma certeza de que era o melhor para seu grupo".
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"Espero que o PDT esteja no caminho certo para reelegermos o nosso prefeito. Temos muitos aliados, uns vão e outros vem. Política é assim. Todo mundo tem seu peso e importância. O PSD é importante, mas acredito que a Prefeitura também foi importante para o PSD. Então foi uma troca. Até quando a prefeitura e o PDT foram importantes para o PSD ficamos juntos (...) Acredito que ambos ganha me ambos perdem também", comentou.
No último fim de semana, o presidente do PSD Ceará, o ex-vice-governador Domingos Filho, entregou os cargos da sigla em Fortaleza e oficializou a aproximação com o governo de Elmano de Freitas (PT). Elmano indicou Célio Studart (PSD) para compor o primeiro escalão da administração, a partir da recém-criada Secretaria da Proteção Animal.
O vereador Adail Junior (PDT) disse não saber especificamente o motivo pelo qual o PSD teria optado por sair da base, mas reforçou ser “precoce” falar de conjuntura política para o ano que vem. Questionado sobre o tamanho do prejuízo com a saída do PSD, Adail disse que Domingos é um nome de "referência".
“Vou dizer que não é perda? É perda sim, mas não a ponto de dizer que seja decisivo e de que vai ou não influenciar no resultado da eleição, é muito cedo ainda. O PDT vai fazer sua reeleição, assim como fez a do Roberto Cláudio. Não vejo nenhum tipo de problema para fazer a reeleição do Sarto”.
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Lúcio Bruno (PDT) reforçou o sentimento de perda. “Para a gente do PDT, é uma perda muito grande. Até pela parceria de muitos anos com Domingos, a importância do PSD na chapa do próximo ano. Um peso grande, até porque é um partido grande e com tempo de TV. Quem sabe dos detalhes são o próprio Domingos e o Sarto”, afirmou.
O parlamentar disse que a situação, particularmente, lhe entristece. “Gostaríamos de estar caminhando junto no projeto para o próximo ano. Mas política é assim, hoje tem um cenário e amanhã surge outro. A eleição é só no próximo ano e tem muita coisa pelo caminho. Política não se pode nunca dizer nunca e jamais falar que algo é impossível”, concluiu.
Já o presidente da Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor), Gardel Rolim (PDT), tratou como “natural” a movimentação. “A dinâmica partidária é da democracia, portanto vejo com naturalidade. Não tive oportunidade ainda de conversar com os vereadores do PSD, mas a notícia que tenho é que continuarão na base do prefeito. A vida política é muito dinâmica”.
A saída do PSD ocorreu num contexto de queixas da legenda de que ocupava espaços “periféricos” na composição da gestão da Capital. Em entrevista ao podcast Jogo Político, do O POVO, na última segunda-feira, 21, Domingos disse que a entrada do partido no governo Elmano influenciou a saída da sigla da gestão Sarto.