Ministra das Mulheres se esquiva sobre saída do governo: "Tem que perguntar ao Lula"
O posicionamento foi dito na manhã desta segunda-feira, 21, durante o anúncio de novas Casas da Mulher Brasileira, promovido pelo governo do Estado do Ceará. Ministério das Mulheres está cotado para entrar na reforma ministerialA reforma ministerial do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que prevê pequenas alterações em pelo menos três pastas, pode chegar até o Ministério das Mulheres, hoje comandado pela ministra Aparecida Gonçalves. Contudo, quando questionada a respeito do assunto, Cida comentou que “tem que perguntar ao presidente Lula” sobre eventual mudança.
O posicionamento foi dito na manhã desta segunda-feira, 21, durante o anúncio de novas Casas da Mulher Brasileira, promovido pelo governo do Estado do Ceará.
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A reforma ministerial proposta por Lula surgiu com o intuito estreitar laços do governo com o Centrão e favorecer a aprovação de projetos no Congresso.
Dentre as pastas que podem sofrer alterações, a mais cobiçada pelo Republicanos é a dos Portos e Aeroportos, atualmente governada pelo ministro Mário França (PSB). Após encontro entre Lula e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), é provável que França deixe o posto para entregá-lo ao deputado Silvio Costa Filho (Republicanos-PE).
A alteração atende a um pedido do partido do deputado Marcos Pereira (SP) por causa do Porto de Santos, zona de interesse do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, filiado à legenda.
Outro ministério que deverá ser modificado é o do Desenvolvimento Social, um dos mais visados pelo PP. A pasta, atualmente comandada pelo ex-governador do Piauí (CE), o petista Wellington Dias, é responsável pelo programa Bolsa Família.
Em julho deste ano, Dias rebateu a possibilidade da liderança do ministério ser passada ao Centrão, negando haver conversas paralelas sobre o tema e reiterando que há muito “fuxico”.
“Tem muito fuxico. Com bastante cuidado, já dei a resposta. Quem decide é o presidente, acho que ele vai ter que organizar. O que todos nós queremos é a estabilidade do país", disse ao O POVO. “Quem toma a decisão é o presidente, ele que diz o que pode oferecer quais são as condições, porque ele não abre mão de um projeto de país que tire o Brasil do mapa da fome, um projeto que faça a economia crescer", concluiu.
Proposta
O PP de Lira, por sua vez, vai compor o primeiro escalão de Lula com o também deputado André Fufuca (MA). Lula já concordou com os nomes de Costa Filho e Fufuca; falta definir as pastas. A proposta do Centrão entregue ao presidente envolve a ida de França para a pasta de Ciência e Tecnologia, hoje com Luciana Santos (PCdoB). Luciana seria realocada no Ministério das Mulheres, comandado atualmente por Cida Gonçalves, que é filiada ao PT.
O PP voltou a insistir na indicação de Fufuca para o comando do Ministério do Desenvolvimento Social. No entanto, Lula resiste e quer manter a pasta com o PT. Diante do impasse, num primeiro momento, o ministério pode ser poupado nesta reforma.
Pressão
A avaliação de líderes é a de que a demora do governo em definir o espaço do PP e do Republicanos na Esplanada elevou a insatisfação dos parlamentares. A recente declaração do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre o "poder muito grande" da Câmara, também agravou o clima de atrito.
Além disso, uma romaria de prefeitos a gabinetes de deputados nesta semana reacendeu a insatisfação com a demora na liberação de emendas para as bases eleitorais. Também há a cobrança de que o governo precisa retribuir o apoio que conseguiu na Câmara para aprovação, por exemplo, do projeto que retoma o voto de desempate a favor da Receita no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). O próprio Lira tem sido pressionado pelos parlamentares.
Deputados dizem ainda esperar uma contrapartida pelo esvaziamento da CPI do MST. Partidos como Republicanos e União Brasil substituíram bolsonaristas do colegiado por nomes mais governistas, e Lira anulou a convocação do ministro da Casa Civil, Rui Costa.
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