CPI da Joias: veja quais deputados cearenses já assinaram pedido de investigação

A lista, que majoritariamente contém nomes de deputados da base do governo, aproxima-se das 171 assinaturas necessárias para a instalação da CPI na Câmara

O documento que prevê a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as joias dadas de presentes ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por autoridades sauditas, em 2021, contou com a assinatura de 111 parlamentares. Os deputados Rogério Correia (PT-MG) e Túlio Gadelha (Rede-PE) foram os responsáveis pela coleta das assinaturas, que teve início na semana passada. O intuito da comissão é apurar o desvio e venda dos objetos de alto valor patrimonial. Até o momento, cinco parlamentares cearenses assinaram o requerimento. (veja lista abaixo)

O deputado Rogério é vice-líder do governo Lula na Câmara e um dos governistas mais ativos na CPMI que investiga os atos golpistas de 8 de janeiro.

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A lista, que majoritariamente contém nomes de deputados da base do governo, aproxima-se das 171 assinaturas necessárias para a instalação da CPI na Câmara. No entendimento de Rogério, a apropriação dos itens de luxo integra um esquema de corrupção no governo do ex-presidente e pode estar interligada com o financiamento dos atos golpistas de 8 de janeiro.

Ainda que preferisse que a pauta fosse investigada na CPMI, Rogério Correia revela que há resistência interna. O presidente da comissão, Arthur Maia (União-BA), defende que a apuração fique restrita aos ataques do dia 8 de janeiro e já sinalizou que não pautará requerimentos relativos às joias sauditas.

Assinaturas por partido

  • PT: 67 deputados
  • Psol: 13 deputados
  • PSB: 8 deputados
  • PCdoB: 5
  • PDT: 5
  • PV: 3
  • PSD: 3
  • União Brasil, MDB, Avante, PSDB, Rede e Podemos: 1 assinatura cada 

Veja quais deputados cearenses já assinaram pedido de investigação

  • José Guimarães (PT)
  • André Figueiredo (PDT)
  • José Airton Félix Cirilo (PT)
  • Luizianne Lins (PT)
  • Idilvan Alencar (PDT)

Relembre o caso

Em março deste ano, um caso envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) repercutiu em veículos de comunicação e nas redes sociais. De acordo com informações divulgadas pelo jornal O Estado de S.Paulo e confirmadas pela TV Globo, o governo do então presidente tentou trazer ao Brasil, de forma ilegal, joias avaliadas em R$ 16,5 milhões. A justificativa dada pelos integrantes da gestão é que os acessórios de luxo eram presentes do governo da Arábia Saudita à ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro.

Os itens foram encontrados na mochila de um assessor do Ministério de Minas e Energia e não foram declarados à Receita como item pessoal, visto que, caso fosse, o pagamento de impostos seria obrigatório. Para obter a isenção do pagamento de impostos, as joias teriam de ser declaradas como presente ao Estado brasileiro, e consequentemente, ficariam sob domínio União, não com Michelle.

De acordo com o jornal, o conjunto contém um colar, um anel, um relógio e marca de brincos de diamantes. Foi encontrado junto à coleção um comprovante de autenticidade da marca Chopard. As joias estão guardadas em um cofre da alfândega, em São Paulo. Os itens quase foram leiloados, no entanto, o processo foi paralisado, visto que as joias podem ser provas de eventual crime envolvendo a declaração dos valores à Receita.

Na semana passada, uma operação da Polícia Federal revelou suposto esquema ilegal de venda de joias recebidas por Bolsonaro durante viagens ao Oriente Médio, mas que pertencem ao patrimônio da União. A ação teve como alvos o advogado Frederick Wassef, que admitiu ter recomprado um Rolex vendido em Miami, o general Mauro Lourena Cid e seu filho, o ex-ajudante de ordens do ex-presidente, tenente-coronel Mauro Cid. 

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