Operação da PF sobre joias amplia lista de militares investigados, que chega a 18 nomes

De general a almirante, relação de militares investigados envolve crimes de prevaricação até pandemia com resultado de morte

13:10 | Ago. 12, 2023

Por: Carlos Mazza
MAURO Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro (foto: Lula Marques/ Agência Brasil)

Operação deflagrada nesta sexta-feira, 11, pela Polícia Federal (PF) ampliou o número de militares que ocuparam cargos no governo Jair Bolsonaro (PL) e que hoje são alvos de investigação policial. Atualmente, pelo menos 18 militares são investigados por supostas irregularidades cometidas durante o mandato do ex-presidente.

Ao todo, os crimes apurados incluem desde prevaricação a epidemia com resultado de morte. A maioria é investigado por conta da resposta do governo Jair Bolsonaro à pandemia de coronavírus, com dez deles sendo indiciados pela CPI da Covid ainda em 2021.

Na lista de indiciados da CPI, estão incluídos desde o ex-ministro da saúde e atual deputado federal Eduardo Pazuello (PL-RJ) ao ex-ministro da Defesa e candidato a vice de Bolsonaro em 2022, Walter Braga Netto.

Na ação mais recente, que investiga um suposto esquema de desvio e venda de presentes oficiais da Presidência, figuram como alvos o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o pai dele, o general do Exército Mauro César Lourena Cid, e o tenente do Exército Osmar Crivelatti, que também era ajudante de ordens no Planalto.

Em outros episódios da investigação ligada ao desvio de joias, é citado outro militar de alta patente, o ex-ministro de Minas e Energia, o almirante de esquadra da Marinha Bento Albuquerque. Segundo a investigação, ele teria tentado entrar no País com joias de alto valor sem notificar a Receita Federal, tentando depois reaver as peças com o argumento de que elas se tratariam de presente para a primeira-dama Michelle Bolsonaro.