Silvinei Vasques preso: quem é o ex-diretor da PRF investigado pela PF

Investigado por interferência nas eleições de 2022, Silvinei Vasques foi preso nesta quarta, 9. Saiba quem é o ex-diretor da PRF e o que levou à prisão

Preso nesta quarta-feira, 9, por possível interferência nas eleições de 2022, Silvinei Vasques, de 48 anos, foi diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Sob seu comando, o órgão foi responsável por blitze que prejudicaram a locomoção de eleitores, principalmente nordestinos, em 30 de outubro, dia do segundo turno.

Nas previsões eleitorais, o atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), tinha vantagem sobre o então gestor, Jair Bolsonaro, na Região Nordeste.

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Silvinei Vasques: quem é o ex-policial?

Nascido em 1975 em Ivaiporã, no interior do Paraná, Vasques integra a PRF desde 1995. Ele foi superintendente nos estados de Santa Catarina e Rio de Janeiro, e atuou como Coordenador-Geral de Operações.

Também exerceu, entre os anos de 2007 e 2008, os cargos de Secretário Municipal de Segurança Pública e de Transportes no Município de São José, em Santa Catarina.

Segundo currículo de Silvinei disponível no site da PRF, o ex-policial teria concluído quatro graduações. São elas:

  • Ciências Econômicas, pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC);
  • Direito, pela Universidade do Vale do Itajaí (Univali);
  • Segurança Pública, pela Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul); e
  • Administração de Empresas, pela Universidade Estadual de Santa Catarina (UDESC).

Vasques foi nomeado diretor da Polícia Rodoviária Federal em abril de 2021, durante a gestão de Jair Bolsonaro. Após se tornar réu por improbidade administrativa, em novembro de 2022, Vasques foi dispensado do cargo. Em dezembro, a PRF concedeu aposentadoria voluntária ao ex-diretor-geral.

Silvinei Vasques: polêmicas na gestão da PRF

Durante sua gestão na PRF, Silvinei se envolveu em polêmicas como a Chacina da Vila Cruzeiro (RJ) e o assassinato de Genivaldo de Jesus. 

O primeiro caso aconteceu em 24 de maio de 2022 e deixou 23 pessoas mortas. A Polícia Militar do Rio de Janeiro e a PRF deflagraram a operação na Vila Cruzeiro para prender chefes do Comando Vermelho (CV) e suspeitos vindos de outros estados que estariam escondidos no lugar.

Foram mais de 12 horas de tiroteio e a ação é considerada a segunda mais letal da história do Rio de Janeiro. 

No mesmo mês, Genivaldo de Jesus Santos, de 38 anos, morreu após uma abordagem de policiais rodoviários federais no município de Umbaúba, em Sergipe. Os policiais que participaram da abordagem informaram que ele teve um mal súbito no trajeto até a delegacia. 

Porém, a perícia confirmou que a morte foi causada por asfixia mecânica com inflamação de vias aéreas. Os envolvidos foram presos em outubro de 2022. 

Silvinei Vasques: por que ele foi preso?

O mandado de prisão de Silvinei — autorizado por Alexandre de Moraes,ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) — fez parte da operação Constituição Cidadã, que investiga o congestionamento de rodovias nacionais durante o segundo turno.

A PF investiga os crimes de prevaricação (quando um servidor público deixa de exercer o seu dever), violência política (impedir, com emprego de violência física, sexual ou psicológica, o exercício de direitos políticos) e impedir ou atrapalhar a votação.

Outros 47 membros da PRF devem ser ouvidos.

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