Ex-diretor da PRF Silvinei Vasques é preso por interferência no 2º turno

Ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques foi preso nesta quarta, 9. O policial é investigado por operação sobre interferência no segundo turno das eleições de 2022

07:21 | Ago. 09, 2023

Por: Redação O POVO
SILVINEI VASQUES foi diretor-geral da PRF (foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Silvinei Vasques foi preso preventivamente na manhã desta quarta-feira, 9, em Florianópolis. Ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), ele é investigado por possível interferência nas eleições de 2022.

O mandado de prisão, executado pela Polícia Federal (PF), foi autorizado por Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).

10 outros mandados de busca e apreensão no Rio Grande do Sul, no Distrito Federal, em Santa Catarina e no Rio Grande do Norte miram agentes que atuaram como diretores da PRF durante a gestão Silvinei.

A Constituição Cidadã, como é chamada a operação da PF que investiga o caso, deve ouvir ainda 47 membros da PRF. Os crimes investigados incluem prevaricação, quando um servidor público deixar de exercer seu dever; violência política e impedimento de votação.

No dia do segundo turno, em 30 de outubro de 2022, a PRF foi responsável por blitze que prejudicaram a locomoção de eleitores, principalmente nordestinos. O atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), tinha vantagem sobre o então gestor, Jair Bolsonaro, na Região Nordeste.

Em 29 de outubro, um dia antes da ação da PRF, Vasques havia declarado voto em Bolsonaro. No domingo de votação, Alexandre de Moraes pediu a suspensão das blitze, sob pena de prisão, mas o órgão desrespeitou a ordem.

Silvinei depôs sobre os bloqueios em rodovias federais à CPMI dos atos golpistas em 20 de junho último. Em sessão que começou tensa, o policial aposentado tentou blindar Bolsonaro das acusações de uso da estrutura do órgão para barrar o trânsito.

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