Lula: 'Troca de ministros não pode ser vista como uma coisa absurda'
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva admitiu nesta quinta-feira, 3, que fará mudanças nos ministérios a partir de conversas com partidos do Centrão. O bloco informal vai ocupar mais espaço na Esplanada. De acordo com o petista, contudo, as pastas a serem mexidas ainda não estão definidas. Lula pretende avançar nas conversas sobre o assunto quando retornar de viagem ao Pará, na semana que vem.
"Vou fazer ajustes no governo porque nós temos interesse de construir uma maioria para que, até o final de 2026, a gente possa votar coisas importantes, de interesse do povo brasileiro. Por isso, a troca de ministros não pode ser vista como uma coisa absurda, uma coisa menor", afirmou, durante entrevista a um pool de rádios da Amazônia. Apesar da pressão dos líderes partidários, Lula disse não estar com pressa.
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O Planalto espera que o PP e o Republicanos façam parte do governo. As siglas já indicaram nomes para ocupar postos na Esplanada. Porém, o governo Lula vem enfrentando dificuldades para definir em quais ministérios vai acomodar André Fufuca (PP) e Silvio Costa Filho (Republicanos).
Lula quer evitar a saída de mais mulheres depois da troca de Daniela Carneiro por Celso Sabino (União Brasil) no Turismo e preservar ministros que não têm mandato, o que deixou mais complexo o xadrez da reforma ministerial.
Base
"Temos partidos importantes que querem participar do governo, fazer parte da base do governo, então nós vamos conversar com esses partidos", declarou o presidente, que ontem deu posse a Sabino em solenidade no Palácio do Planalto. A cerimônia contou com a presença do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que desceu a rampa ao lado de Lula.
"As pessoas sabem que vou fazer e sabem que o presidente da República tem que tomar muito cuidado, muita responsabilidade porque, quando você mexe no tabuleiro, você não pode mexer numa peça errada ou colocar uma peça errada", ressaltou o petista na entrevista às rádios. "É verdade que vou fazer mudanças no ministério, mas é verdade que isso ainda não está definido por mim aonde que vou mexer, que ministério que vou entregar, que Estado vai ser beneficiado." (COLABOROU CAIO SPECHOTO)
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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