Carla Zambelli e hacker: veja o que diz cada um e entenda operação
Polícia Federal prendeu hacker da Vaza Jato e cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços da deputada federal; os dois são investigados pela PF
A Polícia Federal (PF) cumpriu ordem de prisão contra Walter Delgatti Neto, conhecido como o hacker da “Vaza Jato”, na quarta-feira, 2, e executou mandados de busca e apreensão em endereços da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), incluindo o seu gabinete.
Ambos são investigados em operação da PF por suposta invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ocorrida durante o mês de janeiro de 2023.
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Na ocasião, documentos falsos e alvarás de soltura foram inseridos e um mandado de prisão, também falso, foi expedido para o Ministro Alexandre de Moraes.
Em depoimento no final de junho, Delgatti declarou contato prévio de Zambelli em setembro do ano anterior (2022). A deputada, segundo o hacker afirmou à PF, estava interessada na invasão da urna eletrônica, “ou qualquer sistema da Justiça”.
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Carla Zambelli e hacker da 'Vaza Jato': declarações de Delgatti
O hacker, ainda em seu depoimento, acrescentou ter recebido transferências pelo sistema Pix totalizando R$ 13,5 mil, enviados pelos assessores da deputada. Zambelli negou as irregularidades durante coletiva de imprensa na quarta-feira, 2.
“Os fatos não batem. O que eu tinha subcontratado através dele (Delgatti) foi a ligação das minhas redes sociais através do meu site. Ele não conseguiu fazer", destacou Carla Zambelli.
Delgatti ficou conhecido após expor conversas entre o então juiz Sérgio Moro e outras autoridades envolvidas na Operação Lava Jato, como Deltan Dallagnol. Em 2022, o hacker foi convidado por Zambelli para um encontro com Jair Bolsonaro no Palácio da Alvorada.
Em 2023, após mandado de prisão falso para o ministro Alexandre de Moraes, Delgatti declarou que o documento foi escrito pela própria Zambelli.
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Carla Zambelli e hacker da 'Vaza Jato': declarações da deputada
A versão da deputada é diferente. Sobre o encontro com Bolsonaro, Carla Zambelli contrapõe a versão de Delgatti e destaca que o próprio hacker solicitou a viagem.
“Ele (Delgatti) queria conhecer o presidente (Bolsonaro) e o presidente quis perguntar para ele se as urnas eletrônicas eram confiáveis, ao que ele disse que não. Eu não fraudaria as eleições para o Lula ganhar, e nem seria tão barato assim”, afirmou na coletiva de imprensa.
A autorização da operação da PF foi realizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
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