Cid Gomes retorna à CPMI do Golpe após faltar 8 sessões seguidas

O senador cearense Cid Gomes (PDT) retornou nessa quinta-feira, 3, à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos do dia 8 de janeiro, após ficar ausente por um longo período e ter faltado a oito sessões seguidas.

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Cid, que é o 1° vice-presidente da comissão, esteve presente em apenas duas sessões, justamente quando foi definida a mesa que irá integrar a CPMI e na abertura dos trabalhos. Entre os parlamentares titulares, o senador é o que mais se ausentou até o momento.

Em sua volta, Cid teve uma participação discreta. Ele passou menos de 20 minutos na sessão e fez um discurso em que elogiou o presidente da CPMI, o deputado federal Arthur Maia (União Brasil), por conseguir dialogar com oposição e base.

“Então eu quero antes de qualquer coisa ressaltar o seu esforço, dedicação para que essa comissão dê andamento aos seus trabalhos independente das disputas político-partidárias que existem aqui”, disse.

Por conta de sua ausência, Cid Gomes não participou da sabatina de nenhum dos convocados e não fez, sequer, uma pergunta para qualquer um dos envolvidos. Quando esteve em sessões anteriores, o senador participou de dois momentos inusitados.

No primeiro dia, quando discutiu com o deputado federal Abílio Brunini (PL-MT) e disse que iria “jogar o trator” em cima dele. E na segunda sessão, quando presidiu por um minuto e meio e se divertiu tocando a campainha.

De acordo com o próprio senador, o motivo da ausência era a crise interna do PDT, que após acordo, o colocou como presidente interino do partido no Ceará. Durante todo o imbróglio da sigla, Cid chegou a dizer que a sua cabeça não estava na CPMI.

“Minha cabeça não está nela. No momento que nós decidimos que iríamos convocar o diretório (do PDT), isso requer um trabalho pessoal e intransferível. Pra mim, é uma demonstração de respeito você falar com a pessoa cara a cara. É por isso que eu não estou indo para a CPMI”, afirmou em coletiva de imprensa na época.