Lula decreta bloqueio no orçamento de 10 ministérios; MEC está entre os mais afetados
Presidente da República assinou decreto que retém recursos de pastas do Governo Federal para não ultrapassar teto de gastosO presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou um decreto nessa sexta-feira, 28, anunciando o bloqueio orçamentário de R$ 1,5 bilhão que irá reter recursos de dez ministérios. O Ministério da Educação (MEC), chefiado pelo ex-governador do Ceará, Camilo Santana, foi um dos mais atingidos.
O MEC não poderá utilizar R$ 332,017 milhões com o contingenciamento, sendo o segundo mais afetado, atrás apenas do Ministério da Saúde, que teve R$ 452,024 milhões retidos.
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Além desses ministérios, também sofreram um bloqueio no orçamento: Transportes, Cidades, Desenvolvimento e Assistência Social, Meio Ambiente, Integração e Desenvolvimento Regional, Defesa, Cultura e Desenvolvimento Agrário.
O bloqueio provisório foi decidido pela equipe econômica do Governo Federal, visando evitar ultrapassar o teto de gastos, que impede o crescimento de despesas acima da inflação acumulada no ano anterior.
A partir de 2024, a regra do teto de gastos será substituída pelo novo arcabouço fiscal, projeto apresentado pelo Ministério da Fazenda neste ano e que está em processo de tramitação no Congresso Nacional.
Em maio, os ministérios de Fernando Haddad, Fazenda, e Planejamento, Simone Tebet, tiveram R$ 1,7 bilhão bloqueados, fazendo com que o total atualmente seja de R$ 3,2 bilhões com as novas pastas atingidas. As despesas previstas para 2023 são calculadas em mais de R$ 1,9 trilhão.
Ministérios e quanto teve de recurso bloqueado
- Saúde - R$ 452,024 milhões
- Educação - R$ 332,017 milhões
- Transportes - R$ 217,011 milhões
- Cidades - R$ 144,007 milhões
- Desenvolvimento e Assistência Social - R$ 144,007 milhões
- Meio Ambiente - R$ 97,505 milhões
- Integração e Desenvolvimento Regional - R$ 60,003 milhões
- Defesa - R$ 35,001 milhões
- Cultura - R$ 27,001 milhões
- Desenvolvimento Agrário - R$ 24,001 milhões