Ministro diz que assistir a Lula fazer política é como "ver Messi jogar"

André de Paula, titular do Ministério da Pesca e Aquicultura, realizou visita institucional ao O POVO nesta sexta-feira, 28

13:50 | Jul. 28, 2023

Por: Vítor Magalhães
Andrá de Paula, ministro da Pesca, em visita ao O POVO (foto: AURÉLIO ALVES)

O ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula (PSD), comparou a atuação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao desempenho do jogador de futebol argentino Lionel Messi, para muitos um dos melhores atletas em atividade no planeta. Segundo o ministro, o trato de Lula com questões da política é equiparado ao do argentino com a bola. A declaração foi dada durante visita ao O POVO, nesta sexta-feira, 28.

“Minha sensação é que estou vendo o Messi jogar, nos detalhes, no cuidado, no sentir, no saber o que as pessoas querem”, disse o ministro ao se referir ao petista. “Não é só uma questão de sensibilidade política e social inequívoca que o presidente tem. Quem for ministro do presidente Lula e não entender a importância disso, não deve ser ministro”, completou.

Natural de Recife, no estado de Pernambuco, André foi deputado federal e rivalizou com Lula na política local e nacional. O ministro ressaltou que sua trajetória política tem relação próxima com o ex-vice-presidente da República Marcos Maciel, falecido em 2021, que ocupou o cargo nos mandatos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2003).

Sobre a relação do governo com o Congresso e o papel do PSD, o ministro destacou que embora a população tenha sido determinante para a eleição de Lula, isso não se estendeu à base no Congresso. “Essa mesma generosidade não se estendeu à base política. É um desafio que nós temos e eu não tenho dúvida nenhuma que essa questão será centro das atenções do presidente até o fim do governo. Construir essa relação republicana”, disse.

André destacou que as recentes mudanças anunciadas pelo Executivo, como a entrada de Celso Sabino (União Brasil) no Ministério do Turismo, fazem parte desse rearranjo. “Decorridos os primeiros seis meses, é natural que isso ocorra. Depois de uma eleição polarizada, é natural também que campos tensionados comecem a se reposicionar. O ingresso de quadros do Republicanos e do PP é uma decorrência dessa maturidade”.

Sobre o PSD, o ministro ressaltou que a sigla terá uma “relação republicana” com a gestão Lula. O partido possui três nomes, em diferentes funções, no governo. Alexandre Silveira (Minas e Energia), Carlos Fávaro (Agricultura) e o próprio André, na Pesca.

“A bancada é determinante para aprovar as principais matérias e a contrapartida disso não é troca de espaços e cargos. Temos nossas aspirações, mas não vamos constranger o governo para ampliar espaço. Isso pode e deve acontecer como algo natural, que decorre da relação de confiança e respeito mútuo, na percepção de que é necessário caminharmos juntos”.

De Paula reforçou ainda a entrada de Celso Sabino (UB), que deve ocorrer no próximo dia 3 de agosto. “Sabino vai assumir o Turismo e na sequência outros ajustes devem acontecer”.