Elmano: "Não tenho expectativa de uma aliança com o PDT em Fortaleza"
Governador avaliou que o grupo político precisará consultar aliados. Ele também abriu espaço para uma possível candidatura de quem alguém que ainda não é filiado ao PT
O governador Elmano de Freitas (PT) afirma que não tem expectativas de que PT e PDT se alinhem na candidatura à Prefeitura de Fortaleza em 2024. O gestor, no entanto, afirmou nesta terça-feira, 25, que o grupo dissidente que o apoiou em 2022 deverá caminhar junto na escolha do nome. O petista avalia que sua sigla quer criar aliados e terá que analisar o desejo de partidos aliados, ao citar o PSB e o PCdoB.
“Eu não tenho expectativa de uma aliança com o PDT em Fortaleza, essa expectativa eu não tenho. Eu tenho a expectativa que aqueles que estiveram com a gente na eleição de governador em 2022, estaremos juntos na eleição de Fortaleza. Eu acho que a nossa maior preocupação é a unidade do partido e a unidade dos nossos aliados de ter uma proposta consistente para Fortaleza”, disse em almoço no O POVO.
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No último pleito estadual, o PDT escolheu lançar o ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, em detrimento da ex-governadora Izolda Cela (sem partido), que tinha a preferência de alas do PT. Mesmo com a decisão, alguns setores pedetistas preferiram apoiar Elmano, com alguns prefeitos pedindo desfiliação da sigla. A maioria dos deputados estaduais do PDT se considera como base do governador da Assembleia Legislativa (Alece).
Assim como o deputado federal, e líder do Governo na Câmara, José Guimarães (PT), Elmano levantou a possibilidade que o candidato petista pode ainda não estar filiado, e que o nome será uma construção fruto de alianças. O governador foi cauteloso em projetar os caminhos eleitorais em 2024, e disse ser preciso ter “cuidado” com as lideranças, diante da diversidade de quadros que se dizem dispostos a disputar o pleito.
“E o PT, não é porque ganhamos a eleição no primeiro turno, que podemos abandonar a unidade, ao contrário, temos que ter muita humildade, tem que ter muito cuidado com as nossas lideranças, as pessoas querem ter seu nome colocado à Prefeitura de Fortaleza, tem que dialogar, tem que conversar”, afirmou.
“Tem que ver”, seguiu o governador, “qual a perspectiva de futuro para cada liderança nossa. Isso é muito importante para a pessoa vislumbrar a perspectiva de futuro para o projeto, então nós temos excelentes nomes e há nomes que podem vir para o PT ou não. Mas o que eu acho que a gente tem que fazer é uma discussão com os aliados”.
Ele destacou que o PT quer ter aliados no pleito e citou tanto o PSB como o PCdoB, que a sigla mantém federação. Entre os quadros já do PT, Elmano cita os nomes da deputada federal e ex-prefeita da Capital, Luizianne Lins, os deputado estaduais Guilherme Sampaio e Larissa Gaspar, além do ex-deputado e assessor especial para Relação com os Municípios, Artur Bruno.
“O PT quer ter aliados em 2024, imagina em Fortaleza. Então tem que perguntar aos aliados. A gente não pode ficar só no nosso mundo do PT e tá deixando de ver que tem uma partido aliado que tem uma pessoa que tem a pretensão de disputar a Prefeitura de Fortaleza”, afirmou.
“O PT tem quatro, cinco, nomes que se dizem dispostos para uma disputa, a deputada Luizianne tem disposição, o deputado Guilherme tem disposição, a deputada Larissa tem disposição. Há pessoas que podem entrar no PT ou não. O ex-deputado Bruno (Artur Bruno, atualmente assessor especial do Governo). Então, nós temos que ter tranquilidade”, complementou.
O PT realizou reunião regional no último sábado, 22, para discutir o futuro da sigla e fazer um balanço após “uma mudança política muito importante”, ao se referir à sua vitória no primeiro turno. O momento, segundo ele, estabeleceu o ministro Camilo Santana como a “liderança mais forte no Estado”.
“Uma vitória, a meu ver, na minha opinião, que estabelece o nosso líder Camilo Santana como a liderança política mais forte do estado, junto com o nosso presidente Lula. Portanto, o reconhecimento disso implica que o partido tem que dialogar muito com o líder Camilo Santana, para ouvir dele o que está pensando sobre esses encaminhamentos”, ressaltou o petista sobre a participação do ministro na escolha do nome que disputará o comando do executivo municipal.