Dino sobre caso Marielle: "Impressiona quantidade de gente incomodada com avanço da investigação"

O ministro acredita que o envolvimento de milícias do Rio de Janeiro no caso é "indiscutível"

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou estar impressionado com “a quantidade de gente incomodada” com o progresso das investigações sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, ocorrido em 2018.

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“Me impressiona a quantidade de gente incomodada com o avanço das investigações do caso Marielle. Me impressiona, mas não me intimida nem desmotiva”, escreveu o ministro no Twitter, nesta terça-feira, 25.

“Vi de tudo nas últimas 24 horas: disparates jurídicos proferidos por incompetentes; comentários grosseiros na TV; campanhas de desinformação via internet; reclamação pela presença da Polícia Federal nas investigações. Sabem o que mudou no nosso caminho de luta? NADA.”, acrescentou.

A menção faz referência ao novo passo que a investigação deu nesta segunda-feira, 24, quando o ex-PM Élcio de Queiroz realizou uma delação premiada que levou a uma operação conjunta da Polícia Federal (PF) e Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ).

Conforme relataram agentes da PF à CNN, novas delações devem ser concluídas em breve. Além disso, a entidade recebeu sinalizações sobre a disposição de suspeitos de envolvimento no crime prestarem depoimentos.

No entendimento dos policiais, é possível que a delação premiada de Élcio potencialize o surgimento de novos nomes na mira da investigação da PF. Isso aconteceria porque outros investigados podem negociar acordos de delação premiada até para se blindarem de possíveis acusações.

Dino afirmou ainda que a investigação ganhou novas vertentes e que terá como foco principal encontrar os mandantes do crime.

“A investigação agora se conclui em relação ao patamar da execução e há elementos para um novo patamar, qual seja investigação dos mandantes do crime. Naturalmente, há aspectos que ainda estão em segredo de Justiça”, explicou o ministro.

O ministro acrescentou que as investigações seguem em aberto, no entanto, a operação da PF e do MPRJ de segunda-feira concluiu uma etapa do processo de investigação.

“Nas próximas semanas, provavelmente haverá novas operações derivadas desse conjunto de provas colhidas hoje”, completou.

Dino acredita que o envolvimento de milícias do Rio de Janeiro no caso é “indiscutível”, “até onde vai isso, as novas etapas vão revelar”.

“Sem dúvida, há a participação de outras pessoas, isso é indiscutível. As investigações mostram a participação das milícias e do crime organizado do Rio de Janeiro no crime”, informou o ministro da Justiça, afirmando que “não há crime perfeito”.

“Os fatos até agora revelados e as novas provas colhidas indicam isto, que há forte vinculação desses homicídios, especialmente o da vereadora Marielle, com atuação das milícias e do crime organizado no Rio de Janeiro. Isto é indiscutível. Até onde vai isso? As novas etapas vão revelar”, finalizou.

 

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