Caso Marielle: Dino diz que prisão de ex-bombeiro pode levar a mandantes

Diferentemente do que era a estratégia da defesa de Élcio Queiroz, ele confessou a autoria do assassinato de Marielle e Anderson Gomes

A Polícia Federal (PF) prendeu nesta segunda-feira, 24, o ex-bombeiro Maxuell Simões Corrêa. Ele é suspeito de participação no assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol-RJ) e do motorista Anderson Gomes, em 14 de março de 2018. Os policiais cumpriram ainda sete mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro, no curso da operação chamada Élpis, a deusa grega da esperança. 

O que falta: descoberta dos mandantes do crime.

Maxuell já havia sido condenado por obstruir investigações a respeito do caso, mas cumpria pena em regime aberto. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, e o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues concederam entrevista coletiva.

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Dino disse que colaboração hoje se dá mediante a essa atuação conjunta da Polícia Federal (PF), da Polícia Penal Federal e do Ministério Público Federal (MPF).

"Nós fizemos uma delação, uma colaboração premiada do senhor Élcio Queiroz. Como todas as senhoras e os senhores sabem, essa investigação gira em torno destes personagens, o Roni Lessa e o Élcio Queiroz. O senhor Élcio Queiroz fez uma delação premiada, foi já homologada judicialmente e essa delação resultou na operação de hoje no Rio de Janeiro", explicou o ministro.

"O senhor Élcio narra a dinâmica do crime, narra a participação dele próprio e do Roni Lessa e aponta Maxwel como coparticipes desse evento criminoso no Rio de Janeiro. A partir daí, claro, as instituições envolvidas terão os elementos necessários ao prosseguimento da investigação. Não há de forma alguma a afirmação de que a investigação se acha concluída. Pelo contrário, o que acontece é de que há um avanço, uma mudança de patamar da investigação. A investigação agora se conclui em relação ao patamar da execução, qual seja, a identificação do mandantes do crime", adicionou.

Ainda conforme Dino, o resumo do  dia é de que a delação de Élcio permitiu que informações novas fizessem a apuração do caso evoluir, pois ele esclareceu toda a movimentação criminosa, que, por sua vez, pode levar futuramente ao descobrimento dos mandantes do crime.

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