Após viajar a Nova Iorque, Girão nega equívoco em petição na ONU: "Processo é feito online"
Ele justifica que a comitiva estaria apenas no procedimento de dar ciência ao embaixadorO senador cearense Eduardo Girão (Novo) usou as redes sociais nesta sexta-feira, 21, para negar que houve equívoco na viagem da comitiva, formada por ele e outros parlamentares, que foi a Nova Iorque apresentar supostas violações dos direitos humanos contra presos no 8 de janeiro. Após questionamento sobre uma possível troca de endereços, entre os EUA e Suíça, o senador disse que o processo de abertura pode ser feito online.
Girão afirmou, quando embarcava para os Estados Unidos, na última quinta-feira, 20, que a motivação da viagem seria a "formalização", junto ao embaixador Sérgio França Danese, de uma denúncia supostas arbitrariedades contra o presos nos dias 8 e 9 de janeiro. Ele escreveu que o grupo estaria "entregando oficialmente ao Conselho de Direitos Humanos da ONU um documento muito consistente".
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"Um documento muito consistente com mais de 40 laudas, assinado por inúmeros parlamentares denunciando as fortes violações aos Direitos Humanos de centenas de brasileiros que se encontram presos em decorrência dos tumultos do dia 8 de janeiro", afirmou.
O fato, no entanto, foi questionado pela colunista O Globo, Malu Borges. Em nota, ela aponta que, quando uma denúncia é peticionada em um órgão multilateral, o correto seria ir à sede da instituição. Conforme consulta a advogados e membros do Itamaraty, a jornalista afirma que os parlamentares deveriam ter apresentado o documento na sede da organização, em Genebra, na Suíça, e não em Nova Iorque como aconteceu.
Pela redes sociais, Girão rebateu e disse que se tratava de uma "nota maldosa e equivocada". Ele justifica que a comitiva estaria apenas no procedimento de "dar ciência ao embaixador, representante do Brasil na ONU". Ele afirmou, no entanto, que o processo não precisaria de uma visita presencial sendo possível ser peticionado de forma virtual.
"Talvez a repórter não saiba, mas não é preciso ir a Genebra para enviar petições ao Comitê de Direitos Humanos. O processo é feito online... Paz & Bem", disse citando a matéria.
Mais cedo, Girão participou de transmissão ao vivo ao lado do deputado federal, Marcel van Hattem (Novo-RS) e dos senadores Carlos Portinho (PL-RJ) e Magno Malta (PL-BA). O deputado afirmou que o protocolo ainda será aberto em Genebra.
"A tradução está sendo confeccionada, na semana que vem, muito provavelmente, senador Girão, vamos abrir o protocolo em Genebra na Organização das Nações Unidas, mas ainda está aberta para assinatura dos deputados e senadores", disse van Hattem.