Renato Roseno rebate acusações de ex-filiado ao Psol: "Autopromoção para ferir a minha imagem"

Deputado explicou que não há pendência trabalhistas como acusado pelo ex-suplente Ari Areia

O deputado estadual Renato Roseno (Psol) usou as redes sociais no fim da noite desta segunda-feira, 17, para comentar as acusações de perseguição e assédio feitas pelo ex-suplente Ari Areia (sem partido). O jornalista acusou o parlamentar de ter influência em um não pagamento de trabalhos realizados por ele ao Psol e disse ser esta uma das causas de sua saída da sigla.

Roseno afirmou que jamais teve "qualquer relação de trabalho com o responsável pelas postagens difamatórias". Ele reiterou que não participa há anos da direção do Psol e não integra o grupo político que forma a maioria da executiva da legenda.

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"As acusações de que exerci influência sobre qualquer processo de desligamento nesse período são, portanto, infundadas. As informações sobre a contratação (no ano de 2021) já foram apresentadas pelos dirigentes do Psol à época. Do que sabemos, não há nenhuma pendência trabalhista do partido com o autor da difamação", afirmou. 

O deputado apontou que as acusações seriam uma "campanha de desinformação" com o objetivo de "autopromoção e para ferir a minha imagem, do nosso mandato e do nosso partido". "Para muitos interessa tornar "todos iguais" ou operar a criminalização da política - o que infelizmente também ficou evidente nas postagens que chamaram uma organização política de 'facção'. Ao contrário, a política é, para nós, instrumento de debate, organização e, inclusive, de discordância respeitosa", disse. 

O parlamentar disse ainda o ex-suplente tem a intenção de se promover. "Teve todo apoio do partido na eleição de 2020, sendo a primeira prioridade na divisão do fundo eleitoral. O resultado da eleição de 2020 foi outro, por decisão da população", escreveu ainda.  

Ex-presidente do Psol rebate acusação

A fala faz menção ao comunicado do ex-presidente da sigla Ailton Lopes, à frente do Psol na época da contratação de Ari Areia. "A contratação do ex-filiado que o calunia foi feita na minha gestão a partir de valores e serviços combinados com o ex-filiado e sugeridos por ele e aprovados na reunião da Executiva Estadual, na forma combinada com ele", escreveu Ailton. 

Ele refendeu Roseno e disse que o comunicado seria contra uma "injustiça". "Especialmente quando se quer atacar de forma vil e leviana quem age de forma correta", apontou. E acrescentou não ter acontecido qualquer relação laboral entre o ex-filiado e o deputado.

"O que me causa estranheza enorme é por que motivo o ex-filiado cria, inventa uma história para atingir nosso companheiro. A serviço de que está toda essa movimentação?", questionou ainda. 

Entenda

Suplente do Psol na legislatura que chegou ao fim em janeiro, Ari Areia, acusou o deputado estadual de perseguição e assédio, o que teria motivado sua desfiliação da sigla. Ele fez um relato pelas redes sociais em que afirma haver influência do parlamentar no atraso de pagamentos por serviços prestados ao partido.

Ari anunciou que deixaria a legenda no fim de junho, após 12 anos, sugerindo desentendimentos internos. Na época, o foco do conflito seria o não cumprimento de um acordo para que Ari assumisse o cargo de deputado com uma licença de Roseno. Esse tipo de movimentação é normal entre parlamentares, após as legendas firmarem acordo.

Naquele momento, o deputado afirmou que isso foi interrompido por ele após Ari ter se colocado em outro campo do partido. Agora, Ari cita nominalmente Roseno e disse que o deputado encabeçaria "uma facção interna no Psol".

No texto, ele afirma que o “ápice da perseguição do deputado” seria uma tentativa de impedir o partido de pagar por um mês de trabalho. “R$ 2.800,00 por assessoria de imprensa, designer e social media. Como essa era uma relação SEM CONTRATO, via PJ, eu me vi sem saber o que fazer. Foram quase 2 meses de desgaste e, só após eu ameaçar jogar pra fora, me pagaram”, afirmou.

O jornalista sugere, em outro trecho, que o embate não seria exclusivo com o deputado, e mais pessoas teriam “o que falar”. “Mas essa gente (do alto do seu apartamento de meio milhão no Meireles), tem prazer em tripudiar, humilhar”.

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