Cid diz que RC criou dissidência no PDT e falta de diálogo cria "fantasma" de versões

O senador reiterou que vai buscar a aliança com o PT, mas respeitará a posição do grupo que busca ficar na oposição

A senador Cid Gomes (PDT) comentou sobre a ala do partido liderada pelo ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (PDT), que deseja permanecer na oposição ao governador Elmano de Freitas (PT). Ele afirmou que irá respeitar a “dissidência”, mas que seu desejo seria para que a legenda “superasse o passado” para cessar as versões do que aconteceu no processo.

Segundo ele, alguns filiados avaliam que a ala liderada por RC e o irmão de Cid, o ex-ministro e presidenciável Ciro Gomes (PDT), “passaram por cima de seu encaminhamento” de manter a aliança com o PT, que resultaria na candidatura de Izolda Cela (sem partido) ao Governo. A falta disposição ao diálogo, segundo ele vinda de RC, mantém um fantasma de troca de versões.

É + que streaming. É arte, cultura e história.

+ filmes, séries e documentários

+ reportagens interativas

+ colunistas exclusivos

"Na visão de uns eu traí, a visão de outros é que passaram desrespeitosamente por cima do meu encaminhamento que estava sendo na direção de manter a aliança com PT. Então tem sempre uma versão diferente e ou a gente resolve o passado ou jamais vai prestar seu futuro, mas também eu não estou mais atrás disso", disse Cid ao O POVO após o fim da primeira reunião da legenda sob sua gestão nesta segunda-feira, 17.

Ele voltou a criticar a candidatura de RC, fiada por Ciro, e considerou o movimento como “equivocado”, além de afirmar ter “algo errado” na estratégia diante do terceiro lugar do ex-prefeito. Ele voltou a dizer que fará tudo ao seu alcance para restaurar a aliança no Ceará, com o entendimento de que o PT, na época da eleição, poderia participar da escolha do nome ao governo. Ele negou acreditar ser interferência partidária.

“Se o partido estava vindo apoiar o PDT, o nome do PDT, era razoável que eles tivessem uma opção. Nunca achei intervenção partidária, uma interferência partidária. Acho que a aliança é assim, a gente tinha quatro nomes. O PT tinha preferência por um ou por dois dos quatro e a gente se recusou por radicalismo?”, disse.

“Eu acho que essa estratégia que Roberto e Ciro adotaram, e que eu para não brigar com o Ciro mergulhei, foi equivocada. Eu imaginava que depois das eleições, eles iam compreender pelo resultado das eleições. Vou repetir o Roberto Cláudio, o melhor prefeito da história de Fortaleza recente foi terceiro lugar em Fortaleza. É óbvio que tem alguma coisa errada”, apontou.

Ele afirmou que foi RC que criou a dissidência internamente e lamentou que, hoje, o partido poderia ter alguém do partido como governador. “A gente podia estar hoje, o PDT, com a governadora Izolda. Então quem dividiu o PDT, quem colocou o PDT nessa posição, não fui eu. Ao contrário eu me resignei”, afirmou.

E seguiu: “Foram eles que colocaram e lamento que continuem querendo manter isso, mas respeito né? Se o preço é esse respeitar uma dissidência, por mim nenhum problema, respeita-se a dissidência aberta pelo Roberto Cláudio”.

Questionado sobre uma possível ação do PT para desestruturar o PDT, o senador ressaltou que “já foi de votar no PT e já foi de ser votado pelo PT”. “Agora se tem dissidência e essa dissidência é irrevogável, irreversível, eu respeito. Eu respeito, mas não acho que (eu) esteja sendo fantoche de uma tentativa de dividir o PDT não. O PDT tem uma relação histórica com o PT”, disse.

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente

Os cookies nos ajudam a administrar este site. Ao usar nosso site, você concorda com nosso uso de cookies. Política de privacidade

Aceitar