Tebet sobre reforma ministerial: "É natural, ministérios não são de uma mulher ou de um homem"
Ministra do Planejamento afirma que trocas na Esplanada não levam gênero em contaA ministra do Planejamento, Simone Tebet, defendeu que eventuais trocas de ministros feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não levam em conta a questão de gênero e disse que o petista tem compromisso com a representatividade feminina no governo.
"Qualquer alteração que porventura (o presidente) venha a fazer, não é ministério de uma mulher ou um homem", disse Tebet, que avaliou as trocas como "naturais" para que o governo atinja maioria no Congresso.
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"O governo Lula, desde o início, foi de frente ampla. Precisamos de maioria no Congresso Nacional. É natural que partidos que querem participar do governo peçam espaços", avaliou, em entrevista a jornalistas na manhã desta sexta-feira, 14. A ministra participa da última plenária do Plano Plurianual Participativo (PPA), em São Paulo.
Partidos do Centrão querem o comando de ministérios para ingressar de vez na base aliada. O ataque especulativo acontece, sobretudo, contra pastas chefiadas por mulheres, como a da Saúde, liderada por Nísia Trindade, e dos Esportes, sob a batuta de Ana Moser.
Na quinta-feira, o Palácio do Planalto anunciou a troca de Daniela Carneiro (União Brasil-RJ) por Celso Sabino (União Brasil-PA) no ministério do Turismo. As possíveis mudanças para atender a interesses do Centrão geram questionamentos sobre o compromisso de Lula com a representatividade feminina.
Para Tebet, no entanto, medidas do presidente mostram compromisso do governo com a pauta. Ela citou o projeto que determina paridade para homens e mulheres no pagamento de salários e o fato de o governo ter a maior quantidade de mulheres ministras na história.
"Mulheres continuarão ou irão para outros ministérios e espaços relevantes, mantendo representatividade", reforçou a ministra.
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