TSE nega pedido para que prefeito e vice de Iguatu cassados retornem aos cargos
Embora tenha negado liminar para o retorno dos gestores, o ministro Alexandre de Moraes reforçou que as eleições suplementares continuam suspensas até julgamento final de recursos pelo TSEO presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, indeferiu pedido feito pela defesa da chapa cassada de Iguatu, do prefeito afastado Ednaldo Lavor (PSD) e seu vice Franklin Bezerra (PSDB), que pedia o "imediato retorno dos requerentes aos cargos de prefeito e vice-prefeito” do município. A decisão é do último dia 5 de julho e foi publicada nesta terça-feira, 11.
Atualmente, o município é administrado interinamente pelo presidente da Câmara Municipal, Ronald Bezerra (Republicanos). A ação que pedia o retorno dos gestores afirmava haver periculum in mora (perigo da demora), conceito que aponta para a iminência de dano irreparável antes da resolução do caso, pois os autos de uma decisão anterior, que suspendeu eleições suplementares em Iguatu, estariam parados desde março.
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Na decisão mais recente, o ministro aponta que “subsistem os fundamentos veiculados, no sentido da ausência de perigo da demora” e destaca que caso acolhesse o pedido, gerando nova alteração na chefia do Executivo, o fato traduziria “nítida situação de instabilidade institucional, em prejuízo aos munícipes”.
Em dezembro do ano passado, Moraes suspendeu as eleições suplementares de Iguatu, inicialmente marcadas para 5 de fevereiro de 2023, atendendo a um pedido da própria chapa.
“Por isso mesmo, tratando-se de reiteração de pedido, inexistindo qualquer inovação de fato ou de direito em relação ao anterior requerimento analisado por esta Presidência, revela-se inviável o deferimento da cautelar. Ante o exposto, indefiro a liminar”, conclui Moraes na decisão expedida neste mês.
Em julho do ano passado, o Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE) votou pela cassação dos então gestores de Iguatu por abuso do poder e pelo desvio de finalidade do uso da mídia institucional da Prefeitura. A prática ocorreu entre janeiro e maio de 2020.
Ednaldo e Franklin tiveram os mandatos cassados, mas apenas Ednaldo foi considerado inelegível por oito anos, com a data começando a contar a partir das eleições de 2020. O prefeito recorreu da decisão.
Nesse meio tempo, o TRE cearense havia agendado para fevereiro deste ano um novo pleito para o município e outras duas localidades: Pacujá e Palhano. Moraes determinou a suspensão das eleições em Iguatu até o julgamento final do Recurso Especial pelo TSE.