Cid Gomes assume presidência do PDT Ceará na próxima quinta-feira, 13

Movimento faz parte de um acordo pré-estabelecido entre lideranças de alas divergentes para apaziguar o partido

12:07 | Jul. 11, 2023

Por: Vítor Magalhães
A declaração foi dada por Cid Gomes em 2018 (foto: AURÉLIO ALVES)

O senador Cid Gomes (PDT) tomará posse como presidente estadual do PDT na próxima quinta-feira, 13, em reunião do Diretório Estadual marcada para às 16 horas. No encontro, o atual presidente, deputado federal André Figueiredo (PDT) deve oficializar sua licença para que Cid (vice-presidente) assuma. A informação foi divulgada em primeira mão pelo colunista Eliomar de Lima, do O POVO.

O movimento faz parte de um acordo pré-estabelecido entre alas divergentes para apaziguar o partido e preparar o terreno para as eleições municipais de 2024. Cid deve ficar na presidência até perto do fim do ano, quando o PDT deverá realizar eleição para formar um novo diretório. O compromisso é de que Cid apoie André, que seria reconduzido ao cargo de presidente para um novo mandato à frente da executiva estadual.

Na disputa interna que rachou o PDT, o grupo ligado a Cid Gomes defendia que o partido seja base do governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT). Outro grupo, ligado a Figueiredo, ao ex-ministro Ciro Gomes e ao ex-prefeito de Fortaleza Roberto Cláudio, defende a tese do PDT na oposição.

O acordo leva em conta uma série de arranjos. Entre elas, está a condição de que Cid articule para que Elmano receba o prefeito de Fortaleza, José Sarto (PDT), para debater e fortalecer a relação institucional entre governo e prefeitura, algo que pedetistas de Fortaleza têm cobrado reiteradamente.

Após o anúncio do acordo, pedetistas ligados a Figueiredo e RC disseram ao O POVO que só souberam após os termos já estarem fixados. Os deputados Cláudio Pinho e Queiroz Filho, ambos do PDT e que atuam na oposição ao governo do Estado, disseram que lhes foi garantido que suas atuações no Legislativo não sofreriam alterações a partir da troca no comando do partido.

“Não teve. Eu vi a foto do Manoel (Dias, presidente da Fundação Leonel Brizola), Cid e André e que o acordo tinha sido feito. O que soubemos foi depois. Não foi consultado e eu continuo na minha forma de agir”, ressaltou Pinho, relatando ter telefonado para Figueiredo e que lhe foi garantido que a troca na presidência não afetaria sua posição na Assembleia Legislativa (Alece).