Atos golpistas de 8 de janeiro foram incitados por influenciadores digitais, afirma Abin à CPI
Em um segundo relatório, a Abin relata que extremistas utilizaram o aplicativo de mensagens Telegram para planejar os ataques ao Palácio do Planalto, Supremo Tribunal Federal (STF) e CongressoA Agência Brasileira de Inteligência (Abin) elaborou um relatório afirmando que influenciadores digitais desempenharam um papel crucial durante a invasão às sedes dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro. O documento foi encaminhado à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos golpistas.
A Abin acrescentou que alguns desses influenciadores lucraram com os ataques, e cita como exemplo o vereador de Planaltina de Goiás, Genival Fagundes (PL), que fez uma transmissão ao vivo pelo YouTube no momento da invasão. A iniciativa rendeu ao vereador, aproximadamente, R$ 135 mil, conforme a Abin.
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Fagundes afirmou à Folha de S. Paulo que “acompanha manifestações em Brasília desde 2019 e que ‘em nenhum momento’ passou pela cabeça dele ‘que haveria aqueles atos de vandalismo”. Ele acrescentou que pretende elaborar um documentário com as pessoas que estão sendo processadas.
Além do vereador, o texto cita nominalmente Adriano Luiz Ramos de Castro, ex-participante da primeira edição do Big Brother Brasil (BBB), alegando que ele esteve no acampamento golpista, invadiu a Praça dos Três Poderes e transmitiu o ataque ao vivo pelo YouTube.
Em um segundo relatório, a Abin relata que extremistas utilizaram o aplicativo de mensagens Telegram para planejar os ataques ao Palácio do Planalto, Supremo Tribunal Federal (STF) e Congresso. Em um dos grupos, os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), incitaram os ataques quatro dias antes do acontecido.