Veja os disfarces bizarros que o líder do grupo Wagner usava em viagens

A reprodução das imagens é vista como uma tentativa explícita de humilhar o chefe mercenário "traiçoeiro" Prigozhin, após ele liderar um motim contra o governo russo e a ameaçar realizar uma marcha até Moscou

19:32 | Jul. 06, 2023

Por: Luíza Vieira
Forças que invadiram mansão do líder do Grupo Wagner encontram fotos de Prigozhin com disfarces: perucas e barbas postiças (foto: Reprodução )

Agentes de segurança que invadiram a mansão do chefe do grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, em São Petersburgo (Rússia), encontraram fotografias em que o ex-aliado de Vladimir Putin utiliza diversos disfarces, com perucas, barbas postiças e óculos, conforme o portal de notícias East2West. 

Veja os disfarces:

Os funcionários do FSB (Serviço de Segurança Federal da Federação Russa, uma das sucessoras da KGB) encontraram perucas, barbas falsas, documentos falsos, como passaportes, por exemplo, armas e munições. Além disso, os agentes também encontraram marreta, barras de ouro, um crocodilo empalhado e uma foto emoldurada que mostrava as cabeças decepadas de seus eventuais inimigos. 

O grupo atua na Ucrânia desde o início da guerra na ex-república soviética, em fevereiro de 2022. 

As imagens do ataque foram divulgadas pelo jornal pró-Kremlin "Izvestia", cuja empresa-sede é presidida pela ex-amante de Vladimir Putin, a ginasta Alina Kabaeva, que está na Suíça.

A reprodução das imagens é vista como uma tentativa explícita de humilhar o chefe mercenário "traiçoeiro" Prigozhin, após ele liderar um motim contra o governo russo e a ameaçar realizar uma marcha até Moscou. 

Conforme a agência de notícias Fontanka, de São Petersburgo, as inspeções em propriedades ligadas a Prigozhin ocorreu no dia 24 de junho, período em que a rebelião dos mercenários contra a Defesa do presidente Vladimir Putin foi realizada. 

Nesta quinta-feira, o presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, afirmou que Prigozhin está na Rússia, enquanto, na Ucrânia, um bombardeio das tropas de Moscou contra a cidade de Lviv deixou quatro mortos. Lukashenko foi o mediador do acordo que acabou com o motim do grupo de Prigozhin na Rússia, uma rebelião que representou o maior desafio em duas décadas ao governo do presidente Vladimir Putin.

O pacto incluía o exílio do líder mercenário em Belarus, o que ainda não foi concretizado. "No que diz respeito a Prigozhin, ele está em São Petersburgo. Onde ele está hoje? Pode ter viajado para Moscou ou para outro lugar, mas não está em território bielorrusso", declarou o presidente Lukashenko em uma entrevista coletiva à imprensa estrangeira em Minsk.