Bolsonaro se diz chateado com Tarcísio de Freitas por apoio à reforma tributária
O ex-mandatário afirmou ainda que se a proposta "não fizer justiça e diminuir a carga tributária, a tendência [do PL] é votar contra"
16:31 | Jul. 06, 2023
Em reunião do PL nesta quinta-feira, 6, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se opôs, publicamente, à decisão do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), de apoiar a proposta de reforma tributária defendida pela gestão do presidente Lula (PT).
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"É pra chamar atenção mesmo, aquele grito, aquele tapa na mesa, não dá, pô”, prosseguiu. “Ontem muita gente ficou chateada com o Tarcísio, até eu, mas vamos conversar, conversei com ele”.
Em reunião do PL nesta quinta-feira, 6, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se opôs, publicamente, à decisão do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), de apoiar a proposta de reforma tributária defendida pela gestão do presidente Lula (PT). pic.twitter.com/XsI0A0yyob
— Jogo Político (@jogopolitico) July 6, 2023
O ex-mandatário afirmou ainda que se a proposta não "não fizer justiça e diminuir a carga tributária, a tendência [do PL] é votar contra".
“Não queremos, nessa proposta que está aí, dizer que vai ser melhorada por emendas. Não tem garantia nenhuma de aprovação. O que o Tarcísio está expondo, e eu conversei longamente com ele, é de essas possíveis emendas entrarem, agora, no corpo da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) junto ao relator. E não dá para fazer a toque de caixa”, completou o ex-presidente.
Além do discurso proferido no encontro da legenda, Bolsonaro utilizou sua conta oficial do Twitter para reforçar o posicionamento contrário à reforma e tecer críticas ao governo Lula.
"O PT não defende os mais pobres (na Câmara votaram contra o parcelamento dos precatórios, quase inviabilizando o Bolsa-Família passar para R$ 600,00). Quando zeramos os impostos da gasolina, diesel, álcool e gás, o PT votou contra no Senado", escreveu nesta quinta-feira, 6.
Confira
-Não à Reforma Tributária do PT:
-Lula se reúne com o Foro de SP (criado em 1990 por Fidel, FARC, ...), diz ter orgulho de ser comunista, que na Venezuela impera a democracia, é amigo de Ortega que prende padres e expulsa freiras e seu partido comemorou a minha inelegibilidade.
O governador de São Paulo foi um dos principais nomes de resistência à reforma tributária, contudo, baixou a guarda e disse concordar com “95% do que está sendo discutido”. A quebra de tal resistência se deu após reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nesta quarta-feira, 5.
“A espinha dorsal da proposta – tributação de base ampla, o IVA [Imposto sobre Valor Adicionado] dual, a arrecadação no destino, a transição federativa – tem a concordância. Sempre teve a concordância de São Paulo. O que a gente sempre ponderou foram questões pontuais. A gente concorda com 95% da reforma”, pontuou Tarcísio ao lado de Haddad.
O republicano sugeriu que fossem feitas alterações na proposta, como por exemplo, que a segmentação do Fundo de Desenvolvimento Regional e Social (FDRS), da União, ocorra de acordo com o número de pessoas atendidas em cada unidade da Federação pelo Bolsa Família.
O benefício, que é distribuído aos estados mais vulneráveis, tem recursos estimados entre R$ 40 bilhões e R$ 75 bilhões.
Além disso, o governador paulista reforça a necessidade de modificações na configuração e nas atribuições do Conselho Federativo, órgão com responsabilidade de arrecadar o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) — que unificará o ICMS (estadual), o ISS (municipal) e outros tributos. Tarcísio estima que o peso da população de cada ente federativo seja levado em consideração na composição do conselho.
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