Cid Gomes: 'Fraternidade do Ciro em relação a mim pelo visto está perdida'

Cid também mandou recado a André Figueiredo: "Onde é que já se viu agora uma pessoa querer se arvorar de porta-voz do partido se ele não tem representação do partido, se as bases não estão assegurando isso a ele?"

Em mais uma manifestação sobre a crise do PDT cearense nesta quarta-feira, 5, Cid Gomes (PDT) afirmou que o que considerava mais importante era a fraternidade do irmão mais velho e ex-aliado político, Ciro Gomes (PDT), em relação a ele, que entende ter chegado ao fim.

"Para mim o que havia de mais importante era a fraternidade do Ciro em relação a mim. Pelo visto, está perdida. Pelo visto, está perdida. Bom, vamos pra frente, mas assim, eu continuo na minha disposição firme de entender que problemas familiares se resolvem internamente, se resolvem em família", afirmou o senador.

Cid participou de reunião da bancada federal do Ceará (22 deputados federais e três senadores) com o governador Elmano de Freitas (PT) na Residência Oficial do Estado do Ceará em Brasília. 

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Cid afirmou que não lhe interessa a discussão de assuntos familiares em público. "Divergências na política vão acontecer, isso é normal, não precisa misturar uma coisa com a outra. Uma parcela do PDT da qual o Ciro participa defende que a gente faça oposição ao governo do Estado. Eu defendo que não."

Ele argumentou que a posição defendida não pode ser confundida com uma conduta fisiológica, ou seja, de busca sem critério pelo poder. Para Cid, não há razões para não prestar apoio ao governo Elmano de Freitas (PT), que afirma que sua administração é uma continuação do ciclo iniciado por Cid Gomes (2007-2014) no Ceará, ao qual Camilo Santana (2015-2022) e Izolda Cela (2022) deram sequência.

"O Elmano tem manifestado publicamente o desejo de dar sequência a esse projeto. Por que é que eu vou ser contra? Porque o PDT lançou um candidato e o candidato perdeu a eleição? Me perdoe, me perdoe. Se entenderam que aquilo era necessário, vamos olhar para frente agora. Vamos virar a página da eleição", afirmou o ex-governador do Ceará.

"Vamos para frente", especificamente para o dia 7

O "vamos para frente" dito por Cid ao falar sobre a relação deteriorada com Ciro tem também um significado prático. É, precisamente, a próxima sexta-feira, 7, quando aproximadamente 53 membros do diretório estadual do PDT, de um total de 84, farão reunião que pode significar o início da queda do deputado federal André Figueiredo do comando partidário. E significar a ascensão de Cid para ocupar o espaço deixado vago pelo filiado histórico.

"Onde é que já se viu agora uma pessoa querer se arvorar de porta-voz do partido se ele não tem representação do partido, se as bases não estão assegurando isso a ele? É esse o momento que o Ceará está vivendo. Não é nada demais. É só uma preocupação coletiva que eu tenho expressado. E eu estou expressando e muitas vezes procurando convencer parcelas do partido que estão até mais numa posição de mais dureza, mais radicalismo, a que a gente mantenha aberto os canais de entendimento", disse Cid.  

Com informações de João Paulo Biage, correspondente do O POVO em Brasília

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