Cid diz que André representa minoria com "ódios" e "rancores" e admite reunião até na calçada

Senador afirma que esgotará todas as possibilidades de acordo com ala de Ciro

Atualizada às 14h38min

O senador Cid Gomes (PDT) disse que ainda busca o entendimento no PDT, mas reafirmou que a reunião do diretório estadual do PDT que visa trocar a presidência da agremiação está mantida para a próxima sexta-feira, 7, às 16 horas, ainda que a sede do partido seja fechada a mando do atual dirigente e deputado federal, André Figueiredo, a quem o ex-governador classificou como representante de uma minoria movida por "rancores" e "ódios". 

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Caso não haja acordo até lá com a ala de Ciro Gomes e Figueiredo, ou pelo menos a perspectiva de acordo, Cid reafirmou que o encontro ocorrerá até mesmo do lado de fora do PDT, na rua Nunes Valente, no bairro Meireles. Indagado sobre o aviso de Figueiredo de que punirá os filiados que forem à reunião, o senador respondeu: "Se eu estou falando em entendimento e ele está falando em punição, me perdoe, por aí a gente vê quais são as disposições."

Algo similar ao evento da próxima sexta-feira aconteceu em setembro de 2011 na destituição de Sergio Novais (aliado de Luizianne Lins, então prefeita) da presidência do PSB de Fortaleza para que Cid instalasse um aliado no lugar. A reunião foi feita na calçada do PSB, no bairro de Fátima. Roberto Cláudio foi alvo de ovos.

Com o desfecho da turbulência, o PSB saiu do raio de influência da administração petista na Capital e se pavimentou o caminho para Roberto Cláudio ser candidato a prefeito pelo PSB no ano seguinte. Ele venceria Elmano de Freitas, então candidato pelo PT e atualmente governador.

"Nós praticamente conseguimos dois terços das assinaturas (do diretório) e marcamos na sede do partido. Estou só antecipando. Se houver cordialidade, gentileza, democracia, essa reunião acontecerá dentro da sede do partido. Mas, como sou uma pessoa já vivida, de alguma experiência, já aconteceu num outro partido que não abriram a sede e foi feita a reunião fora. Tomara que não aconteça isso, mas, se necessário, irá ocorrer", disse o senador.

Maioria e minoria do PDT

Cid Gomes ressaltou que não tem nada de pessoal contra André Figueiredo, embora entenda que se chegou a um momento "em que a grande maioria do partido está entendendo que ele não está mais falando em nome da grande maioria do partido."

"Ele resolveu, conscientemente, 'avisadamente', assumir a fala ou o discurso de uma minoria partidária que está movida ainda por rancores, por ódios, que são sentimentos que a nosso juízo não são bons conselheiros na política", afirmou Cid sobre Figueiredo.

Na Assembleia Legislativa do Ceará, de 13 assentos do PDT, três são ocupados por defensores deste entendimento. São parlamentares aliados a Ciro Gomes, Roberto Cláudio e José Sarto: Antônio Henrique, Claudio Pinho e Queiroz Filho. 

Cid e Figueiredo estiveram nesta quarta-feira, em Brasília, numa reunião da bancada federal cearense (22 deputados federais e três senadores) com o governador Elmano de Freitas, após a qual o atual presidente do partido disse ao O POVO sobre o PDT: "Nunca. Se desmanchar, nunca. A gente já passou por situações piores. Estamos sempre abertos ao entendimento, sempre estivemos."

Com informações de João Paulo Biage, correspondente do O POVO em Brasília

 

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